A linha de produção do Airbus A220 será expandida em breve na localidade de Mirabel, no Canadá. Uma parte da antiga fábrica dos CRJs será aproveitada para atender a alta demanda pelo jato que já pertenceu à Bombardier.
A última aeronave CRJ foi entregue à companhia aérea norte-americana Delta Airlines em fevereiro deste ano, desde então a MHI, divisão da Mitsubishi que comprou o projeto, não trabalha na fabricação dessa aeronave, desenvolvida originalmente pela Bombardier.
“Trata-se de um investimento substancial”, disse Florent Massou, chefe do programa A220 da Airbus, ao Le Journal de Montreal.
Deste modo, os hangares de produção do CRJ vão acelerar a fabricação de componentes para a família A220, otimizando o prazo de produção de cada aeronave, e aumentando a taxa de entrega de novos aviões em Mirabel, no Canadá, e em Mobile, nos EUA, onde a Airbus tem uma 2ª linha de montagem.
O novo espaço tem um total de 9290 m², e a instalação da produção de componentes, localizada ao lado do local de montagem final do Airbus A220, deve entrar em operação em 2022.
A linha de pré-montagem é o principal elemento do plano da Airbus para tornar o A220 um programa lucrativo. No último anúncio de resultados financeiros, a empresa ressaltou que precisava aproveitar ao máximo a capacidade produtiva das instalações do A220, um dos pontos era aumentar a taxa de produção da aeronave.
“É um elemento essencial para aumentar o ritmo. O ramp-up nos permitirá ser mais eficientes e, portanto, reduzir custos”, explicou Massou.
A Airbus atualmente produz entre três a quatro aviões A220 por mês em Mirabel. Em última análise, a empresa pretende construir 14 por mês, ou 168 por ano, em suas fábricas em Mirabel e Mobile, que atualmente produzem oito aviões A220 por mês.
Ao todo, o programa A220 tem 629 encomendas firmes, e 148 aviões foram produzidos até o momento.