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ALTA aponta os desafios e tendências operacionais da aviação na América Latina e Caribe

ALTA Desafios aviação Caribe e América Latina

Albert Pérez, vice-presidente sênior de manutenção da Avianca; Carlos García Martín, sócio da Oliver Wyman; Diego Giorgiadis, diretor técnico da Aerolíneas Argentinas, e Santiago Diago, COO da Aeroméxico participaram do painel “Desafios Operacionais e Tendências na América Latina e Caribe” durante a Conferência ALTA CCMA & MRO, evento organizado pela Associação Latino-Americana e Caribenha de Transporte Aéreo (ALTA).

Os executivos destacaram que, em 2022, a América latina e Caribe (LAC) obteve uma considerável recuperação de tráfego aéreo, com alguns mercados crescendo consideravelmente. Exemplo disso é o México, que, durante a pandemia, manteve políticas flexíveis quanto à circulação de pessoas e experimentou um notável aumento de passageiros.

Diago explicou que o México é a exceção na região em termos de flutuações cambiais, o que significa que os mexicanos podem viajar internacionalmente e que o fluxo de viajantes se comporta de maneira muito dinâmica.

Na Argentina a situação é particularmente diferente, já que a desvalorização da moeda impacta o movimento de passageiros internacionais, segundo Giorgiadis. “Apesar disso, a demanda doméstica na Argentina foi exponencial durante 2022 e este ano explodiu com níveis de ocupação muito altos”.

Já Pérez lembrou que a Colômbia é muito forte em nível de passageiros. “Nós da Avianca estamos felizes com a forma como o plano de negócios proposto após o Capítulo 11 está sendo desenvolvido, sempre pensando no crescimento de viajantes”.

Os executivos trouxeram perspectivas muito positivas em relação a um crescimento sustentável para os próximos 12 e 18 meses. No entanto, dois grandes desafios ainda impactam as operações: infraestrutura e pessoal.

Em relação à infraestrutura, Diago comentou que o fato de México ter sido rebaixado para categoria 2 pelos EUA devido a falhas na supervisão de segurança trava o crescimento contínuo do tráfego entre esses países. “Por outro lado, ter dois aeroportos competindo no mesmo segmento é difícil. As operadoras que possuem um hub não podem dividi-lo em dois. Não apenas o México, mas todos os envolvidos nessa circunstância devem sentar para conhecer na instância atual”, destacou.

O aeroporto de El Dorado, em Bogotá, é parte fundamental do crescimento da Avianca, segundo Pérez. Antes da pandemia, o aeroporto tinha 74 operações por hora, uma operação bastante complexa. Agora, a capacidade foi reduzida e estima-se, segundo um estudo da IATA recentemente publicado, que a capacidade adequada às atuais condições do aeroporto seja de 68 operações por hora. “Estamos trabalhando com as instituições para que as decisões técnicas sejam feitas quanto ao aumento ou não das operações”.

Em relação ao pessoal, Giorgiadis comentou que a Aerolíneas Argentinas tomou a decisão, com o apoio do Estado argentino, de não reduzir sua força de trabalho durante a pandemia e que durante esse período a companhia aérea treinou seu pessoal. Dessa forma, a empresa não foi afetada pela falta de mão de obra nas operações, mas essa ainda é uma questão sensível ao setor. “Precisamos aumentar a nossa força de trabalho e estamos vendo a influência de outros setores que mudaram a forma como atuam. A Aerolíneas está focando em universidades e escolas técnicas para atrair talentos”.

Diago acrescentou que hoje os jovens estão buscando alternativas profissionais. “Observo um procura seja por indústrias que pagam melhor ou outras regiões que, dentro da mesma indústria, oferecem mais e melhores oportunidades.”

Pérez também acredita que reter e treinar talentos será um desafio por muitos anos, mas existe a oportunidade de buscar talentos de fora do setor e com diferentes habilidades.

“Concorrer com a remuneração de outras regiões é um grande desafio. Estamos trabalhando nisso junto com outros eixos importantes, como o plano de carreira/progressão dentro da empresa, o diálogo com lideranças que se preocupam com suas equipes e o foco na qualidade de vida. A gestão de talentos é um dos maiores desafios do setor. Temos que continuar trabalhando e renovando talentos, pois isso nos dará mais competitividade e capacidade de crescimento sustentável”, afirmou o VP da Avianca.

 

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Via: ALTA

 

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Gabriel Benevides

Autor: Gabriel Benevides

Redator Apaixonado por aviões e fotografia, sempre estou em busca de curiosidades no universo da aviação. Contato: [email protected]

Categorias: Companhias Aéreas, Notícias

Tags: ALTA, Empresas Aéreas, usaexport