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Após testes, helicóptero Wildcat da Marinha Britânica pode carregar 20 mísseis

Helicóptero Leonardo AW159 Wildcat da Marinha Britânica com 20 mísseis Martlet Sea Venom

A Marinha Real Britânica (RN) concluiu os testes com as novas asas para o helicóptero Leonardo AW159 Wildcat. Com o término das avaliações, o Wildcat agora pode transportar até 20 mísseis ar-solo Martlet ou quatro mísseis Sea Venom. 

Os testes duraram um mês e terminaram em outubro. A variante naval do helicóptero Wildcat provou com sucesso o conceito da asa de armas durante os recentes testes no mar.

“Testes bem-sucedidos de Limitações Operacionais de Helicópteros de Navios (SHOL) provaram que o Wildcat HMA2 pode operar totalmente carregado com seus mais novos sistemas de mísseis em uma variedade de condições desafiadoras no mar”, disse a Defense Equipment & Support (DE&S).

Foto: Leonardo Helicopters.

“Operando a partir do navio RFA Argus no Atlântico e no Mediterrâneo durante um mês, um Wildcat HMA especialmente instrumentado voou em 19 dias por um total de 87 horas e realizou 894 decolagens e pousos no convés, dia e noite.”

Sete configurações de armas foram testadas com sucesso, incluindo mísseis sob ambas as asas de armas e um de cada vez, enquanto várias maneiras de aproximação e partida do navio foram testados em condições desafiadoras para ver como o Wildcat lidaria.

Segundo a RN, ambos os mísseis vêm sob o projeto Arma Guiada Antissuperfície do Futuro. O Martlet, fabricado pela Thales, é um míssil leve pesando apenas 13kg, destinado a alvos menores/levemente protegidos. Já o MBDA Sea Venom tem dez vezes o poder do Martlet, sendo usado para atacar navios de guerra maiores e mais fortemente blindados.

Wildcat com a asa esquerda com 10 mísseis Martlet. Foto: RN.

A instalação das chamadas “asas de armas” afeta a maneira como o helicóptero se comporta. Para determinar os limites para um voo seguro – conhecido como Limites Operacionais de Helicóptero de Navio – um Wildcat especialmente modificado, repleto de sensores, juntou-se ao navio de treinamento de aviação RFA Argus por um mês.

Uma miríade de condições afeta o desempenho de um helicóptero: velocidade do vento, direção e fluxo de ar sobre o convés, umidade, temperatura, estado do mar, inclinação e rotação do convés, bem como o peso e a configuração da própria aeronave.

Cerca de 30 pessoas – tripulantes, cientistas, meteorologistas, pilotos de teste, engenheiros e técnicos de toda a Marinha, Ministério da Defesa, ciência e indústria – estiveram envolvidos nos testes, que viram o Wildcat do 815 Naval Air Squadron pousar e decolar mais de 900 vezes em diferentes condições/com diferentes cargas, de dia e de noite.

Helicóptero Wildcat HMA2 com quatro mísseis antinavio Sea Venom.
Wildcat com os mísseis antinavio Sea Venom. Foto: RN.

Uma vez analisados, os dados guiarão os tripulantes – desde aqueles que saíram do treinamento até os mais experientes aviadores da Fleet Air Arm – na operação de um Wildcat armado com mísseis Martlet/Sea Venom em fragatas, destróieres, navios auxiliares e porta-aviões da classe Queen Elizabeth.

 

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Gabriel Centeno

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Militar, Notícias, Notícias

Tags: Leornado Helicopters, Mísseis, usaexport, Wildcat