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As três maiores empresas da China recebem juntas o avião chinês ARJ-21

A Air China, a China Eastern e a China Southern receberam juntas a aeronave de fabricação chinesa COMAC ARJ21, no último dia 28 de junho.

Cada um desses pequenos aviões tem capacidade para 90 passageiros, e representa a tentativa da China de entrar no mercado regional de aviação.

Até antes dessa entrega, os jatos ARJ21 voavam apenas para companhias aéreas menores da China, a COMAC espera que agora que os jatos estão nas maiores empresas, possam trazer uma visibilidade maior e reconhecimento internacional.

Com o mercado de aviação da China retomando a normalidade antes da pandemia, muitos passageiros vão conhecer e desfrutar da experiência dessa nova aeronave, de acordo com a COMAC.

O pedido original das três companhias são para 35 aeronaves ARJ-21, o valor do negócio fica em torno de US$ 1,3 bilhão. Cada aeronave custa em torno de US$ 38 milhões.

Desde dezembro, a Air China trabalha na integração do ARJ21 em sua frota, a adição de um novo tipo de aeronave vem com seus próprios desafios. As companhias aéreas precisam treinar os pilotos e comissários para serem certificados no modelo, configurar a manutenção para o modelo e garantir a logística para a entrada do jato na malha da empresa.

Segundo o comunicado, a Air China espera usar o ARJ21 para expandir sua malha, é provável que seja para destinos regionais na China, atualmente com pouca oferta ou não é destino da Air China. Com base na configuração do jato, a Air China provavelmente evitará colocar esta aeronave nas principais rotas domésticas, onde haveria intensa concorrência e demanda de negócios.

A China Eastern estabeleceu a OTT Airlines, uma subsidiária criada com o objetivo explícito de utilizar jatos fabricados na China. Além do ARJ21, a companhia aérea também operará outra aeronave COMAC, o C919.

Sediada no Aeroporto de Hongqiao, em Xangai, a aeronave não realizará muitos voos de alimentação para um dos hubs principais da China Eastern, em Xangai, que também é onde a COMAC mantém uma linha de produção ARJ21. Essas aeronaves farão um complemento das rotas e operações domésticas.

Assim como a Air China e a China Eastern, a China Southern trabalhou para ter uma boa adequação da nova aeronave na malha. A empresa já concluiu o treinamento de certificação e preparação dos pilotos e de comissários. 

A empresa está olhando para Guangzhou onde possui o seu maior hub de distribuição de voos e ponto de conexões. A companhia aérea vai fazer testes em voos iniciais, para entender qual a capacidade operacional da aeronave e aonde ela se encaixaria bem para operar. 

A aviação regional em todo o mundo é dominada pelas séries Embraer E170, Bombardier Canadair Regional Jet, série Dash 8 turboélice e linha ATR de turboélices. Neste espaço, há algum desenvolvimento em andamento. A Mitsubishi está trabalhando em um jato regional, e a Embraer tem o E-Jet E2 e está estudando um novo turboélice.

 

 

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