Um bombardeiro estratégico B-52H Stratofortress da Força Aérea dos EUA (USAF) pousou em uma base aérea da Polônia na sexta-feira (02). A chegada do jato norte-americano ocorre enquanto a Europa vive uma entre os atritos de OTAN e Rússia por conta da guerra na Ucrânia. 

O pouso do B-52 foi informado pelo ministro da Defesa polonês, Mariusz Blaszczak. “A cooperação polaco-americana está se aproximando. Um bombardeiro B-52 chegou hoje à Polônia. A nossa interoperabilidade e capacidades para defender o flanco oriental da OTAN estão aumentando”, disse o ministro no Twitter. 

Współpraca polsko-amerykańska jest coraz ściślejsza. Do Polski przybył dziś bombowiec B-52. Rośnie nasza interoperacyjność i zdolności do obrony wschodniej flanki NATO. #StrongerTogether pic.twitter.com/HoHB2b807U

— Mariusz Błaszczak (@mblaszczak) September 2, 2022

Washington e seus parceiros da OTAN intensificaram a movimentação de aeronaves militares no Leste Europeu desde dezembro, quando a Rússia começou a reunir tropas na fronteira ucraniana, antecipando a invasão de 24/02. 

A presença de aeronaves norte-americanas no Velho Continente, especialmente na sua porção oriental, só aumentou desde então. Quatro B-52 haviam sido destacados na Europa para uma missão de Força-Tarefa de Bombardeiros, mas já retornaram aos EUA. 

Agora, outros dois bombardeiros estão na Europa, voando ao lado de países membros ou parceiros da aliança militar. As aeronaves estão operando a partir da base de RAF Fairford, no Reino Unido.

Apesar de ser relativamente comum, a presença dos B-52 toma proporções diferentes ao ser contextualizada com a crise geopolítica vivida na região. Ainda que antigo, o B-52 é capaz de empregar uma multiplicidade de armas de precisão, convencionais ou nucleares, podendo ficar voando por dias se tiver apoio de aviões de reabastecimento em voo. 

Além disso, o B-52 é um dos aviões que representa a tríade nuclear dos EUA, formada por bombardeiros estratégicos (B-1B Lancer, B-2 e o próprio B-52), mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) e mísseis balísticos lançados de submarinos (SLBMs). 

A guerra entre Rússia e Ucrânia completou seis meses em 24/08. Até agora não há qualquer movimento significativo que mostre uma resolução para o conflito.