A Boeing apresentou ontem (08/01) um novo conceito de avião, baseado no estudo da NASA batizado de X-Plane, onde o principal carro-chefe é a concepção de uma aeronave supersônica eficiente.
Apesar disso o conceito da Boeing é de velocidade subsônica, e tem uma asa do tipo “Alta” com envergadura de 52 metros, e que também se classifica como enflechada, com apoios que reforçam estruturalmente o componente.
A otimização da aeronave e também da asa é capaz de reduzir o consumo de combustível em até 60%, comparando com um Boeing 757. Mas o projeto ainda carece de mais testes, de acordo com a Boeing, e não é possível saber com exatidão as vantagens de uma aeronave com este tipo de design.
A NASA diz que uma asa com esse tipo de design pode economizar de 8 a 10% de combustível, em comparação com os aviões atuais. Esse dado é superior ao proposto pelo novo projeto da Airbus, de criar uma asa de fluxo laminar (detalhe que não foi informado sobre esse projeto).
O ganho de eficiência é pela diminuição de área para gerar arrasto no ar, e também pela maior envergadura em comparação com o comprimento do avião, que compensa a diferença de largura entre as asas tradicionais. As barras na diagonal evitam que a estrutura tenha um comportamento conhecido como “Flutter” e reforçam estruturalmente o componente.
De acordo com a Boeing, um avião deste projeto é para ser um bi-motor, e capaz de voar a Mach 0.8 (ou 990 km/h).
A Boeing não tem uma expectativa de lançar uma aeronave baseada neste protótipo nos próximos anos, e continua trabalhando no projeto NMA, que visa substituir o 757/767 e concorrer com o Airbus A321neo LR.
A meta é ter a tecnologia pronta para operação no período 2030-2035, em aeronaves de qualquer tamanho.
Além desse projeto, a Boeing está trabalhando em um outro conceito, junto com a Lockheed Martin, para viabilizar um avião em formato de asa, que pode ter uma eficiência bem superior em comparação aos aviões de fuselagem tradicional.