A mais nova preocupação da Boeing está rodando na realidade um produto da sua concorrente, o Airbus A321XLR.
De acordo com a fabricante norte-americana, há um risco de incêndio na nova formulação de tanque extra para o avião da Airbus, que apresenta um novo tanque central com maior capacidade de combustível, permitindo voos de até 8700 km.
A Airbus já tinha proposto um novo modelo de tanque central, com proteções para evitar esse risco de incêndio.
No entanto a Boeing utilizou de um mecanismo que permite alertar as autoridades de aviação sobre problemas em quaisquer aeronaves. A EASA foi alertada pela Boeing sobre os riscos da arquitetura utilizada pela Airbus, e agora deve estudar soluções com a fabricante europeia.
A Boeing não divulgou mais detalhes sobre seu estudo sobre o tanque central do Airbus A321XLR. Mas em janeiro a EASA alertou a Airbus sobre o reforço da proteção do local, para evitar que um incêndio externo afetasse a integridade do tanque.
“Um tanque de combustível integral da fuselagem exposto a um incêndio externo, se não for adequadamente protegido, pode não fornecer tempo suficiente para o passageiros para evacuar a aeronave com segurança”, disse a EASA para a Reuters.
De acordo com a EASA, esse incêndio externo pode ocorrer em situações que já foram registradas na aviação, como um pouso de barriga ou em caso de saída da aeronave da pista de pouso.
A Airbus espera certificar o A321XLR em 2023, e já começou até a fabricar componentes estruturais para a aeronave. Ainda não está claro se o projeto pode ser atrasado devido a esse problema encontrado pela EASA e Boeing.
O atrativo do avião é ter capacidade para até 240 passageiros com uma configuração de corredor único, além de conseguir voar por até 8700 km. O A321XLR é listado como um avião sem concorrentes no atual mercado de aviação.