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Boeing recebe uma boa notícia sobre o 737 MAX, mas os prazos ficam fora da meta

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A Boeing recebeu nesta semana uma boa notícia sobre o retorno do 737 MAX aos voos comerciais, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) já iniciou os processos para a nova certificação da aeronave, porém, este não será concluindo antes do final de janeiro.

A FAA também colocou o processo de certificação da aeronave em consulta pública, por um prazo de 30 dias, onde qualquer companhia aérea, piloto, cidadão ou outra entidade internacional, podem sugerir alterações na certificação, para reforçar a segurança.

Enquanto isso, a Boeing já finalizou as modificações no MCAS do Boeing 737 MAX, com alterações no software, que agora não considera somente um sensor de maior valor de ângulo de ataque informado, e também fez alterações a nível de hardware, implementando um outro computador, que funciona como um backup que monitora constantemente o computador principal.

De acordo com a FAA, essa é uma dose de segurança adicional, aumentando a redundância e confiabilidade da aeronave. Além disso, a luz de aviso de atuação do sistema MCAS deixa de ser opcional, como no caso das duas aeronaves acidentadas, e passa a ser item obrigatório de segurança.

“Como esses dois computadores dependem um do outro, as companhias aéreas não devem pilotar o avião sem os dois sistemas. A FAA propõe que os dois computadores de controle de voo sejam necessários, o que reflete a nova arquitetura de software da Boeing”, disse a FAA.

O 737 MAX, de acordo com a nova Master Minimum Equipment List (MMEL), não poderá decolar com falha em algum dos sensores, ou sem a funcionalidade dos dois computadores do MCAS totalmente estabelecida.

Cockpit do 737 MAX 8. Foto – Boeing/Leo Dejillas

Após a consulta pública, a FAA vai proceder com as auditorias para finalizar e certificar as alterações do 737 MAX, por enquanto, a agência trabalha junto com as companhias aéreas e a Boeing nos materiais de treinamento, que agora devem incluir o sistema MCAS nas seções práticas em simulador Full-Motion (Tipo D).

Logicamente as alterações, que já demandaram muito dinheiro do caixa da Boeing e uma extensa crise interna com paralisação das entregas e diminuição drástica da receita, devem aumentar levemente o custo de produção do 737 MAX, ao mesmo tempo que a Boeing deve implementar e custear as alterações nas mais de 800 aeronaves existentes, as 372 já entregues e as que foram fabricadas ao longo de 2019.

A Boeing só poderá implementar essas atualizações nas 800 aeronaves após uma aprovação total da FAA, tanto do Software como do novo Hardware e procedimento de treinamento dos pilotos. Provavelmente o 737 MAX só volte normalmente a voar com passageiros a bordo em meados de março, se nada de errado ocorrer no meio do processo.

A Boeing esperava que o processo de re-certificação fosse concluído até o final de dezembro, mas isso não foi possível pelo extenso processo de testes dos processos de treinamento de pilotos que a FAA realizou nos últimos três meses.

 

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Pedro Viana

Autor: Pedro Viana

Engenharia Aerospacial - Editor de foto e vídeo - Fotógrafo - Aeroflap

Categorias: Aeronaves, Notícias

Tags: 737, 737-MAX, Boeing, MCAS