Nesta última quarta-feira (10/11) a Boeing declarou que concorda com o pagamento de indenizações em mais um desdobramento dos erros no 737 MAX. Neste caso a fabricante terá que pagar uma indenização devido a um processo movido por familiares das 157 pessoas mortas em um acidente com o 737 MAX em 2019, e que culminou na paralisação das entregas e voos com o 737 MAX por 18 meses.
O acordo foi selado no Tribunal Distrital dos EUA em Chicago, cidade onde fica localizada a sede administrativa da Boeing. O valor não foi divulgado, mas em janeiro deste ano a Boeing concordou em pagar US$ 2,5 bilhões em multas e indenizações devido aos dois acidentes do 737 MAX.
Como resultado do acordo entre a Boeing e as famílias, os advogados das vítimas não buscarão indenizações punitivas e a Boeing não contestará as ações judiciais movidas em Illinois. Desta forma, a Boeing e os executivos da empresa não sofreram mais consequências das acusações deste acidente.
“A Boeing está empenhada em garantir que todas as famílias que perderam entes queridos nos acidentes sejam total e justamente compensadas por suas perdas”, disse o fabricante de aviões em um comunicado na quarta-feira. “Ao aceitar a responsabilidade, o acordo da Boeing com as famílias permite que as partes concentrem seus esforços na determinação da compensação adequada para cada família.”
Os dois acidentes com o 737 MAX, todos causados devido a um erro de projeto da Boeing, causaram 346 mortes. Além disso, a fabricante sofreu bilhões de dólares em prejuízos pelas paralizações de voos, indenizações de companhias aéreas e a pausa da entrega de aviões enquanto não atualizaram o sistema MCAS, considerado como um problemas pelos dois acidentes.
Com informações de Reuters.