A Canadense Bombardier, nesta sexta-feira venceu uma disputa comercial contra a fabricante Boeing.
A Comissão Americana de Comércio Internacional (USITC) avaliou que os impostos aplicados por Washington às aeronaves CSeries, da Bombardier, são injustificados, rejeitando assim o pedido da Boeing apoiada pelo Departamento de Comércio.
A USITC decidiu por unanimidade de quatro votos que a Boeing não foi afetada pelo programa de sua concorrente canadense.
Em dezembro, o Departamento de Comércio americano tinha estimado que os aparatos de 100 a 150 assentos se beneficiavam de subvenções do governo canadense e estavam sendo vendidos abaixo de seu custo de fabricação. Ele tinha fixado, então, direitos compensatórios de 212,39% e uma tarifa antidumping de 79,82%.
O USITC, que atualmente tem quatro comissários, não deu uma explicação para sua decisão.
Em um comunicado, a Bombardier chamou a decisão de uma “vitória da inovação, da concorrência e da lei”, e também uma vitória para as companhias aéreas americanas.
Today’s decision from the ITC is a victory for innovation, competition, and the rule of law. It is also a victory for all the supporters who have worked with us on this case. #Bombardier #CSeries pic.twitter.com/kaP0R5JWRh
— Bombardier Inc. (@Bombardier) 26 de janeiro de 2018
Já a Boeing se declarou decepcionada que a USITC não reconhece o prejuízo do qual se considera vítima.
Na queixa, a Boeing tinha estimado que a Bombardier vendeu cada CS100 por 19,6 milhões de dólares, contra um custo de fabricação de US$ 33,2 milhões. No preço de catálogo de 2017, a aeronave era avaliada em 79,5 milhões de dólares. Contudo, o preço de catálogo nunca reflete o valor pago pelas empresas, que têm descontos consideráveis.
Em outubro, a Airbus adquiriu uma participação maioritária no programa CSeries da Bombardier e anunciou planos em mover a produção dos aviões CSeries destinados ao mercado americano em uma fábrica dela no Alabama, no sudeste dos Estados Unidos para serem vendidos para operadoras dos EUA a partir de 2019.
A Bombardier espera, assim, proteger uma compra da companhia americana Delta de 75 aviões CSerie, ameaçada pelo recurso da Boeing.
“A Delta, portanto está satisfeita com a decisão da Comissão de Comércio. A companhia atende apresentar o inovador CS100 em sua frota em benefício dos funcionários, clientes e proprietários de ações da companhia”, relatou a Delta em um comunicado.
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