Mais uma companhia aérea voltada para o segmento do transporte de cargas poderá surgir no Brasil. O Registro Aeronáutico Brasileiro da ANAC (RAB) consta um Airbus A330-300 de registro PR-LVU, de propriedade da Levu Transporte Aéreo e Logística. 

Ainda que conste somente como reserva de matrícula, chama a atenção o fato do futuro PR-LVU possui o seu número de série: 1146, sendo um Airbus A330-300, avião até então nunca operado por uma empresa aérea do Brasil. Apesar da especulação, o A330-300 cargueiro poderia dar uma posição vantajosa para operar tanto no Brasil como no exterior. 

Quanto ao A330-300 com o número de série 1146, este avião foi entregue em setembro de 2010 para a Singapore Airlines, operando nos anos seguintes pela Transasia Airways (2015-2016) e pela Hong Kong Airlines entre 2017 e o início de 2020. 

Apesar de especulação, a Levu demonstrou o interesse no ano passado em investir no estado de Pernambuco, em uma área de 10 ml m² para operações de cargas aéreas e marítimas, incluindo endereços comerciais em Manaus e Campinas, cidades conhecidas por um enorme fluxo nas operações de cargas. 

Diante da existência da reserva de matrícula, para operar uma empresa aérea no Brasil é preciso protocolar junto à Anac a solicitação de registro da nova companhia aérea, trâmite que necessita de meses, bem como a necessidade de voos de certificação do novo equipamento. 

Por fim, a vinda de um A330-300F para o Brasil é algo inédito, sendo que o modelo ganhou a sua certificação em 2017 pela Airbus, e mais recentemente, em janeiro deste ano, a isralense IAI iniciou a conversão do A330-300P2F (passenger-to-freighter). O A330-300F pode transportar até 61 toneladas de cargas, contra 60 toneladas do seu irmão mais novo A330-200F, avião que marcou a presença no Brasil com a Avianca. 

O processo de conversão de passageiro para cargueiro inclui todos os preparativos para adaptar a estrutura da fuselagem, que inclui a remoção de todos os itens da cabine, como assentos, galley, banheiros, compartimentos superiores, forros e novas estruturas como uma porta exclusiva para o acesso das cargas no interior da aeronave.