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Buscas por helicóptero desaparecido em SP já duram 5 dias

FAB já acumula 32 horas de voo em buscas por helicóptero que desapareceu com quatro pessoas em São Paulo. Imagem: FAB/Divulgação.

A Força Aérea Brasileira (FAB), Bombeiros e Polícia Militar de São Paulo (CBPMESP e PMESP) já estão há cinco dias procurando por um helicóptero que desapareceu na serra do litoral de São Paulo. A aeronave, um Robinson R44 de matrícula PR-HDB, sumiu na véspera de ano novo com quatro pessoas a bordo, piloto e três passageiros. 

Empregando o SC-105 Amazonas desde a segunda-feira (01), o Esquadrão Pelicano da FAB já acumula 32 horas de voo na procura por sinais da aeronave perdida. Helicópteros Águia da PMESP também participam das atividades aéreas, enquanto equipes dos bombeiros percorrem a mata em buscas terrestres. 

Segundo a FAB, a área sobrevoada totaliza 5 mil metros quadrados e, até o momento, não há qualquer sinal do helicóptero. O R44 deixou o Aeroporto de Campo de Marte por volta de 13h15 do dia 31/12. A aeronave tinha como destino a Ilhabela onde os passageiros, mãe, filha e um amigo que convidou as duas, iriam passar a virada de ano. 

Helicóptero Robinson R44 Raven. Foto: D. Miller.
Helicóptero Robinson R44 Raven. Foto: D. Miller.

Estavam no helicóptero Luciana Marley Rodzewics Santos, de 46 anos, Letícia Ayumi Rodzewics Sawunoto, de 20, filha de Luciana, e Raphael Torres, 41 anos. Segundo o portal G1, o piloto era Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos, que já chegou a ter a licença de voo cassada. 

Na manhã desta sexta-feira (05), as buscas foram temporariamente suspensas por conta das condições meteorológicas ruins na região. As equipes estão de prontidão e aguardam uma melhora nas condições climáticas para o retorno dos trabalhos.

No dia do desaparecimento o tempo na região também estava ruim. O Robinson R44 não é homologado para voar em condições de voo por instrumentos. Imagens compartilhadas por uma das passageiras mostram a aeronave voando em meio à neblina. 

Em entrevista à CNN, o comandante do Esquadrão Pelicano, Tenente-Coronel Aviador Emanuel Garioli, disse que a própria meteorologia é um dos grandes desafios na operação. O militar também mencionou a cor e o tamanho pequeno do helicóptero como fatores que trazem dificuldades. 

O FAB 6550, o primeiro de três SC-105 que a FAB recebeu, pousando em Campo Grande. Foto: Cabo Feitosa/FAB.
O FAB 6550, o primeiro de três SC-105 que a FAB recebeu, pousando em Campo Grande. Foto: Cabo Feitosa/FAB.

Tripulado por 15 militares especializados em missões de busca e salvamento, o SC-105 é um dos aviões mais novos no inventário da FAB. O modelo possui um radar capaz de realizar buscas sobre terra ou mar, com alcance de até 360 quilômetros. Um sistema de comunicação via satélite também permite o contato com outras aeronaves ou centros de coordenação, mesmo voando à baixa altura. 

A aeronave ainda conta com um sistema eletro-óptico de busca por imagem e por espectro infravermelho. Isso permite realizar buscas pelo calor, permitindo detectar, por exemplo, uma aeronave encoberta pela vegetação ou uma pessoa no mar. Ao mesmo tempo, parte da tripulação ainda realiza buscas a olho nu através de janelas em formato de bolha, que facilitam a visualização do terreno.

 

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Gabriel Centeno

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Militar, Notícias, Notícias

Tags: Busca e Resgate, fab, Helicóptero