Advertisement

C295 mexicano é atingido por tiros de traficantes; Força Aérea revida com ataque aéreo

Traficantes do Cartel de Sinaloa atingiram com tiros um C295 da Força Aérea, obrigando-o a pousar em Culiacán. Mais tarde um turboélice fez ataques contra os criminosos no México.

A prisão de Ovidio Guzmán, filho do narcotraficante “El Chapo” Guzmán e líder do Cartel de Sinaloa, no México, na quinta-feira (05) criou uma enorme crise no país. Membros do cartel fortemente armados cercaram a cidade de Culiacán, onde Guzmán foi capturado, e entraram em confronto com os militares e forças de defesa. Os criminosos abriram fogo contra aeronaves, atingindo um Embraer 190 da companhia civil Aeromexico, um Boeing 737 e um cargueiro C295 da Força Aérea Mexicana. 

Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram o bimotor turboélice sobrevoando Culiacán, enquanto tiros incessantes são escutados ao fundo. A aeronave foi de fato atingida e os tiros causaram um incêndio no motor esquerdo.

O piloto conseguiu fazer um pouso de emergência no aeroporto da cidade sitiada. O vídeo mostra os bombeiros jogando água no C295 baleado.  

Outras imagens mostram o momento em que os traficantes abrem fogo contra um 737-800 da Força Aérea Mexicana. Duas dessas aeronaves foram deslocadas à cidade no noroeste do México e pelo menos uma delas foi atingida pelos tiros 

Mais tarde, no mesmo dia, as forças armadas mexicanas responderam fortemente ao combate contra o Cartel de Sinaloa. Mais imagens mostram um pequeno avião, possivelmente um Pilatus PC-7 ou um Textron T-6 Texan II, em um ataque aéreo na cidade. É possível ouvir os disparos de metralhadoras calibre .50 do avião. 

Tanto o T-6 quanto o PC-7 podem carregar dois casulos HMP250, fabricados pela companhia belga FN Herstal, e equipados com uma metralhadora M3P com 250 munições. 

Apesar do uso inédito de aviões de combate, helicópteros já haviam sido empregados anteriormente em ações contra narcotraficantes. Nesse caso não foi diferente: vídeos mostram os helicópteros usando metralhadoras rotativas (minigun) contra os criminosos. 

Em solo, policiais e soldados enfrentam os traficantes fortemente armados com fuzis e rifles calibre .50, bem como veículos blindados e equipamentos de proteção pessoal. Especialistas também relatam que o Cartel de Sinaloa teria mísseis antiaéreos portáteis (MANPADS), o que logicamente oferece um enorme riscos as aeronaves militares e, também, civis. 

 

Quer receber nossas notícias em primeira mão? Clique Aqui e faça parte do nosso Grupo no Whatsapp ou Telegram.

 

Gabriel Centeno

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Militar, Notícias, Notícias

Tags: C295, México, Tráfico de Drogas, usaexport