A companhia aérea canadense WestJet, está com tudo pronto para iniciar as suas operações cargueiras com quatro aviões Boeing 737-800BCF, que foram recém convertidas, porém a empresa não recebeu a autorização das autoridades.

Tanto a Boeing como a WestJet estão aguardando o governo canadense conceder a autorização para o Boeing 737-800 ser operado como cargueiro e a companhia aérea começar suas operações com cargueiros dedicados.

Inicialmente a expectativa da companhia canadense seria colocar em operação pelo menos duas aeronaves para o transporte de cargas no ano passado, mas com um novo atraso na certificação, a companhia adiou novamente para 2023.

A Transport Canadá ainda não certificou o Boeing 737-800 para operar como cargueiro no país, a autorização ainda depende da avalição sobre a fuselagem que foi modificada para receber os paletes e para a WestJet logo em seguida precisa receber o certificado para operar este tipo de avião.

A divisão West Cargo será a primeira companhia aérea canadense a operar o Boeing 737-800BCF. Atualmente a frota é composta por quatro aeronaves, duas delas foram entregues há poucas semanas e as outras duas desde o início do ano.

“A certificação não saiu como planejado e tínhamos expectativas diferentes sobre a duração da certificação. Tem sido um processo demorado. Infelizmente, tivemos que atrasar a largada”, disse a WestJet.

A certificação mais demorada e rigorosa passou a ser parte do dia-a-dia da Boeing, principalmente após os acidentes fatais com o 737 MAX e os recentes problemas envolvendo o 787 Dreamliner.

Um dos fatores que pesa para a demora são os novos requisitos estabelecidos pela Transport Canadá, que agora exige que as aeronaves em processo de certificação no país passem pelo teste de condição no clima frio.

O teste faz com que a aeronave, no caso o Boeing 737-800 seja levado para o norte do país onde a temperatura pode chegar até -40º. O teste visa garantir a confiabilidade, e integridade dos componentes da aeronave em temperaturas mais geladas.

Apesar da Boeing ser a fabricante da aeronave, ela possuí apenas a certificação da versão para passageiros e precisaria alterar a certificação para que a versão cargueira fosse contemplada. 

Com informações da Simple Flying