A COMAC divulgou nessa segunda-feira (27) que o C919 terá sua certificação e primeira entrega atrasadas, devido às rígidas regras de exportação dos Estados Unidos.
Apesar do avião chinês ter sua primeira entrega para uma companhia nacional, a COMAC precisa obter uma autorização para venda dos seus fornecedores, sendo que alguns (como dos próprios motores CFM Leap-1C) têm sede nos Estados Unidos.
Por este motivo haverá um significativo atraso até esta documentação ser finalizada. A COMAC está desenvolvendo o C919 há 13 anos, e deve estrear a aeronave com atraso até mesmo em relação ao novíssimo MC-21, fabricado pela Rússia.
Devido ao foco de antecipar a certificação da aeronave, o C919 não aparecerá no principal evento de aviação da China, o China Airshow, que acontecerá nos próximos dias, entre 28 de setembro e 03 de outubro.
“A COMAC está muito preocupada com voos de teste. Eles estão atrasados e estão voando o máximo que podem para atingir as horas mínimas necessárias para a certificação chinesa”, disse uma fonte do setor à Reuters. “Apesar de todos os problemas, a COMAC está muito determinada a obter a certificação, pois essa é uma tarefa política fundamental”.
Apesar de atingir as horas mínimas de certificação, a COMAC ainda precisará trabalhar em atualizações para a sua aeronave, logo, os primeiros clientes vão receber a aeronave em sua versão “beta”, sem todos os recursos ou equipamentos prometidos em projeto.
A China Eastern Airlines, que é estatal, disse que espera receber seu primeiro C919 até o final do ano, dois em 2022 e mais dois em 2023. Logo, a produção ainda será em pequena escala nos primeiros anos do C919 no mercado.
O COMAC C919 tem 815 pedidos provisórios, todos realizados por companhias aéreas da China, e cinco pedidos firmes da China Eastern Airlines.
Com informações da Reuters.
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