Crise na Ucrânia: caças F/A-18 de porta-aviões dos EUA atuam em policiamento aéreo no Leste Europeu

F/A-18E Super Hornet do esquadrão Blue Blasters decola do porta-aviões USS Harry S. Truman. Foto: Marinha dos EUA/Divulgação.

Caças F/A-18 Super Hornet embarcados no porta-aviões USS Harry S. Truman da Marinha dos EUA estão entre as aeronaves participando da patrulha aérea no Leste Europeu. A ação, coordenada pela OTAN, é chamada de Policiamento Aéreo Aprimorado (EAP) e ocorre em virtude da guerra entre Rússia e Ucrânia. 

A crise na região fez com que países da aliança militar liderada pelos EUA desdobrassem múltiplos meios aéreos na fronteira com a Ucrânia, incluindo aviões e helicópteros de combate, logística e inteligência.

Dentre as aeronaves de caça que participam do EAP estão os caças navais F/A-18E/F Super Hornet da Ala Aérea Embarcada 1 (CVW-1), que operam a partir do porta-aviões nuclear Harry S. Truman (CVN-75).

Super Hornet REVO Harry Truman

Um F/A-18E Super Hornet do esquadrão Sunliners decola do Harry Truman durante operações no Mar Jônico. A aeronave está configurada como avião-tanque, com quatro tanques de combustível e um casulo de reabastecimento em voo. Foto: Marinha dos EUA/Divulgação.

A embarcação carrega quatro esquadrões destes caças. São eles: VFA-11 Red Rippers, VFA-34 Blue Blasters, VFA-81 Sunliners e VFA-211 Fighting Checkmates. O CVN-75 também é a base flutuante para mais cinco esquadrões que operam outros modelos de aeronaves de asa fixa e rotativa. 

“A realização de policiamento aéreo aprimorado das águas do norte do Egeu ilustra ainda mais a capacidade contínua da OTAN de compartilhar e reunir as capacidades existentes”, disse o Contra-Almirante da Marinha dos EUA Curt Renshaw, comandante do Carrier Strike Group Eight.

“Nós nos propusemos a provar que esse emprego dinâmico de um porta-aviões – em águas bastante restritivas – poderia ser feito e, ao fazê-lo, demonstramos o compromisso duradouro dos EUA com os Aliados”.

Desde a implantação do porta-aviões na região, suas aeronaves se conectaram com aeronaves aliadas em vários momentos. No final de fevereiro, os F/A-18E Super Hornets foram reabastecidos por aviões-tanque Airbus A400M da Força Aérea Alemã e, no início de março, os esquadrões realizaram uma série de missões de treinamento com a Força Aérea Romena.

Estas atividades entre as aviações dos membros da OTAN fomentam as relações e constroem a interoperabilidade aérea, destaca o Comando Aéreo Aliado da organização. 

“Acho ótimo fazer parte das missões de patrulha aérea”, disse o tenente-comandante da Marinha dos EUA Richard Watkins, piloto do VFA-11. “É uma boa missão. Temos uma capacidade única de operar a partir de um porta-aviões e, trabalhando com nossos aliados da OTAN, realmente conseguimos mostrar nossa força unificada coesa.”

De 4 a 5 de março, o Harry Truman foi fundamental na condução de operações de voo de asa fixa no norte do Mar Egeu. O porta-aviões é carro-chefe da presença da Marinha dos EUA na região, juntamente com o cruzador de mísseis guiados da classe Ticonderoga USS San Jacinto; destróieres de mísseis guiados da classe Arleigh Burke, USS Gonzalez, USS Cole, USS Bainbridge, USS Jason Dunham, USS Mitscher; Fragata da classe Fridjof Nansen da Marinha Real Norueguesa HNoMS Fridjtof Nansen; e a fragata de mísseis guiados da classe Bergamini da Marinha italiana, ITS Carabiniere, apoiou as missões de policiamento aéreo aprimoradas da OTAN, reforçando a defesa da OTAN. 

AV-8B F/A-18 itália EUA

Caças F/A-18 dos EUA e AV-8B da Itália. Foto: Marinha dos EUA/Divulgação.

Durante a implantação, os caças Super Hornet do porta-aviões também tiveram a oportunidade de se integrar com seus irmãos da Força Aérea dos EUA. As aeronaves navais operaram em conjunto com aviões das 48ª, 55ª e 32ª alas de caça, bem como da 435ª Ala de Operações Terrestres Aéreas e do 606º Esquadrão de Controle Aéreo. 

As aeronaves da Marinha dos EUA do Harry S. Truman, voando ao lado dos Aliados da OTAN, foram fundamentais para garantir a integridade do espaço aéreo aliado, melhorando a prontidão aérea e a capacidade de resposta da aliança em um ambiente dinâmico.

Atualmente, a OTAN tem mais de 130 aeronaves em alerta defendendo ativamente o espaço aéreo aliado, mantendo patrulhas 24 horas por dia, 7 dias por semana nos céus ao longo de nossas fronteiras orientais.

 

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Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.