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David Neeleman diz que alcance possibilitou escolha do Airbus A220 pela Moxy Airways

Airbus A220

Em 2018 tivemos o primeiro anuncio concreto que Neeleman planejava lançar mais uma nova companhia aérea, e novamente nos Estados Unidos.

Isso foi possível pois o próprio Neeleman anunciou, em conjunto com a Airbus, uma encomenda para o novo Airbus A220. Essa foi uma surpresa, visto que Neeleman é um admirador das aeronaves E-Jet da Embraer, principal concorrente do A220, tanto que ele utilizou esses aviões na JetBlue e na Azul.

Porém, o mercado mudou nos últimos anos, o A220 pode ser concorrente dos novos E-Jet E2, mas as duas aeronaves são diferentes.

Anteriormente a JetBlue também encomendou o A220, mas agora a intenção é substituir diretamente o Embraer E190 e ao mesmo tempo o Airbus A320.

 

O A220-300 tem um MTOW de 67,58 toneladas, suporta até 160 passageiros a bordo (em distribuição 3-2), e fornece um alcance máximo de 6200 quilômetros.

Enquanto isso o E195-E2, concorrente direto, suporta até 146 passageiros no seu interior (em distribuição 2-2), e tem um alcance máximo de 4600 quilômetros.

São aviões concorrentes, mas que no básico apresentam diferenças. Devido às características próximas do A220-300 em relação ao A320neo, a JetBlue optou pelos novos A220, visto que a aeronave também é mais econômica em comparação com o A320neo.

 

Como Neeleman escolhe as suas aeronaves?

David Neeleman.  Foto – TAP/Divulgação

David Neeleman explicou durante um Podcast do Airinsight, os motivos que levaram ele e sua equipe de investidores da nova companhia, a Moxy Airways, a escolher o Airbus A220. E nós já deixamos claro! Foram quase os mesmos motivos da JetBlue.

Para Neeleman, o maior motivo de encomendar um avião é o alcance do próprio equipamento, algo que define a flexibilidade da aeronave na frota, 

“Eu acho que é o alcance, o alcance é algo importante, é o primeiro motivo”, disse David Neeleman.

O alcance do A220-300 permite que a Moxy Airways faça voos entre Nova York e Boston para Londres, totalmente sem escalas, algo que seria necessário com o Embraer E195-E2. Além disso, o A220-300 é capaz de cumprir voos para a América do Sul, a partir de Miami.

“Estamos muito felizes com os E-Jets da Azul com os E-Jets. Mas é um avião que não dá para voos transcontinentais”, disse Neeleman.

Depois Neeleman deu um informação que poucos sabiam, mas ele negociou com as duas empresas, e teve a informação sobre a configuração das aeronaves. De acordo com ele o A220-300 é mais flexível em uma configuração de duas classes.

Isso devido ao A220-300 conseguir mudar de uma distribuição de assentos do tipo 3-2, típica de classe econômica, para uma distribuição 2-1, típica de Classe Executiva.

No Embraer a troca de 2-2 (Econômica) para 2-1 (Executiva), exige uma mudança nos bins entre as classes, de acordo com David Neeleman.

Esse diferencial permite que a Moxy altere a configuração de qualquer aeronave, para incorporar em poucas horas a mesma em operações transatlânticas.

Deste modo, a Moxy pode adaptar o interior da aeronave de acordo com a rota que ela deve cumprir durante alguns dias ou meses. Aqui está em jogo a flexibilidade da aeronave na frota, algumas rotas comportam a Classe Executiva, enquanto outras o mercado Low Cost é maior, e o atrativo são aviões com classe totalmente na Econômica.

Para a frota da Moxy, além da JetBlue, o A220-300 funciona como um A320neo, com a capacidade do Boeing 737 MAX 7 e consumo menor do que este, uma vantagem bastante grande em termos de custos operacionais.

 

Rotas

O foco da Moxy Airways será em rota com demanda mas pouca oferta, notavelmente as que ligam cidades do interior aos grandes centros, portanto, podemos esperar vários voos longos e curtos, para adaptar a malha a esse estilo de operação.

Por enquanto Neeleman não quer revelar mais sobre as rotas atendidas pela companhia em um futuro próximo, talvez esse seja um plano para evitar concorrência.

David Neeleman disse anteriormente: “O mantra será tentar levar as pessoas até duas vezes mais rápido, com tarifas de 30% a 50% mais baixas do que as que estão pagando hoje. Eu ficaria surpreso se tivermos uma única rota na Moxy que tenha um único concorrente em voos diretos.”

Em uma entrevista em setembro de 2018, David Neelemann deixou a entender que quer mesclar parte da experiência com a JetBlue e a Azul.

 

Airbus A220-300 vs Airbus A319neo

O novo jato da Bombardier/Airbus é muito moderno, além dos comandos Fly-By-Wire e dos motores PW1500G feitos exclusivamente para essa aeronave, o A220-300 incorpora materiais compostos na construção da fuselagem.

O avião é cerca de 6 toneladas mais leve que um Airbus A319neo, leva a mesma quantidade de passageiros e tem praticamente a mesma autonomia de voo.

 

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