O mais novo drone da fabricante estadunidense General Atomics Aeronautical Systems Inc. (GA-ASI) operou de um porta-aviões pela primeira vez. O Mojave, como é chamado, fez seus primeiros testes a bordo do navio britânico HMS Prince of Wales na costa leste dos Estados Unidos. 

Os testes aconteceram na última quarta-feira (15) e viram o sistema não-tripulado (UAS) fazer aproximações, pousos, decolagens e táxis a partir do porta-aviões britânico. Durante a demonstração, o Mojave foi comando de uma estação instalada no Prince of Wales. 

“Aplaudimos a visão da Marinha Real ao adotar esta capacidade sem precedentes para seus porta-aviões”, disse Linden Blue, CEO da GA-ASI. “Sabíamos que nossa capacidade STOL [pouso e decolagem curta] permitiria que um UAS decolasse e pousasse com segurança no Príncipe de Gales. Ver nosso Mojave operar com sucesso neste ambiente abre inúmeras novas maneiras de nossas aeronaves serem usadas para apoiar operações navais em vários domínios.”

Ainda em fase de desenvolvimento, o Mojave é conhecido por sua capacidade STOL, permitindo que opere sem dificuldade a partir de pistas de terra e terreno despreparado, ainda carregando uma série de armamentos e/ou equipamentos de inteligência de reconhecimento.

A aeronave evoluiu a partir de outros drones bem sucedidos da GA-ASI, como o MQ-9 Reaper e o MQ-1 Gray Eagle. Segundo a fabricante, uma opção de conjunto de asas STOL também está sendo planejada para a aeronave MQ-9B maior e mais capaz, que inclui as variantes SkyGuardian, SeaGuardian e o novo Protector RG Mk 1, atualmente sendo entregue à Força Aérea Real do Reino Unido. 

A versão MQ-9B STOL, está sendo considerada pela Marinha Real e outras marinhas que operam aeronaves de grandes navios de guerra de convés plano, sem catapultas e cabos para de parada, como vistos nos porta-aviões norte-americanos.

“O teste do Mojave é uma inovação na Europa – a primeira vez que um sistema aéreo remotamente pilotado deste tamanho operou de e para um porta-aviões fora do Estados Unidos”, afirma o Contra-Almirante James Parkin, Diretor de Desenvolvimento da Marinha Real. “O sucesso deste teste anuncia um novo amanhecer na forma como conduzimos a aviação naval e é mais um passo emocionante na evolução do Carrier Strike Group da Marinha Real para uma força de combate mista, tripulada e não tripulada.”

Equipar drones com capacidade STOL proporciona maior versatilidade e permite que a aeronave opere em áreas antes consideradas inadequadas para operações de UAS, incluindo pouso e decolagem de um porta-aviões. O MQ-9B STOL será capaz de transportar as mesmas cargas e conduzir as mesmas missões que o SkyGuardian e o SeaGuardian, incluindo vigilância marítima, guerra anti-submarina, alerta aéreo antecipado e ataque de superfície, destaca a GA-ASI.