Considerado navio-símbolo da Rússia, o cruzador Moskva (Moscou) foi atacado severamente e afundado no Mar Negro por drones, é o que diz a Ucrânia. Por outro lado, a Rússia nega que o navio foi atingido pelos ucranianos e afirma que a embarcação sofreu um acidente ocasionado por munição própria. 

Responsável pela participação em inúmeras atividades militares e diplomáticas pela Rússia, o Moskva foi inaugurado em 1983, ainda na era soviética, batizado pela primeira vez como Slava (Glória). 

Segundo a mídia ucraniana, o drone de fabricação turca Bayraktar TB2 foi o responsável pelo ataque ao Moskva. A aeronave não-tripulada ganhou destaque também no emprego antitanque pela Ucrânia, ao utilizar foguetes guiados Bozok e as granadas de 81mm Togan.

Batizado de “assassino de porta-aviões”, o cruzador Moskva era tido como um importante símbolo russo que contava com a participação em três guerras. O primeiro conflito foi a guerra da Geórgia em 2008, sete anos mais tarde, em 2015, a embarcação serviu de apoio para o ditador Bashar al Assad na guerra da Síria.

Empregado na Guerra da Ucrânia, o Moskva era baseado em Sebastopol, importante cidade que abrigava a frota de navios da Rússia na península da Crimeia.  

TB2 nas mãos da Ucrânia

Na Ucrânia, o drone turco é usado pela força aérea e marinha, que adquiriram 12 e seis unidades em 2019 e 2020, respectivamente. Desde o início da concentração de tropas da Rússia na fronteira, no início de 2021, o Bayraktar TB2 vem sendo usado para conduzir missões de vigilância e reconhecimento. 

Contudo, contrariando a grande maioria das expectativas, a Ucrânia vem resistindo fortemente contra a invasão russa, causando grandes baixas e capturando tropas e veículos do exército de Putin, além de derrubar caças e helicópteros. 

Além do combate real, o TB2 também é usado pela Ucrânia na guerra de propaganda e informação contra a Rússia, através da divulgação dos vídeos do drone atacando as tropas russas.

Com informações: AFP