A EasyJet fechou um acordo com a Airbus para adiar um pedido de 24 aeronaves da família A320neo, com entrega prevista para o período de 2020 a 2022.
A medida segue a pressão do fundador da EasyJet e do maior acionista Stelios Haji-Ioannou para cancelar ou renegociar um pedido de 107 aviões da Airbus, inclusive através da ameaça de ação legal e da remoção de membros do conselho.
A estratégia anterior de crescimento da frota da EasyJet previa a entrega de 10 novas aeronaves em 2020, 12 em 2021 e duas aeronaves em 2022.
A nova estratégia engloba não receber nenhum avião em 2020 e 2021, e a empresa ainda tem a opção de adiar outras cinco aeronaves que seriam entregues em 2022.
“Datas exatas de entregas futuras da aeronave diferida devem ser acordadas em resposta ao ambiente de demanda”, afirma a companhia aérea.
A companhia de baixo custo, com sede no Reino Unido, também pode adiar ou cancelar os contratos de leasing de 24 aviões com renovação prevista nos próximos 16 meses, dando a ele “flexibilidade adicional”, ao ajustar sua estratégia de frota a um novo ambiente operacional.
“Nossa indústria está enfrentando desafios sem precedentes, que exigem ações sem precedentes”, comenta o executivo-chefe Johan Lundgren.
A EasyJet também anunciou que realizará uma assembléia geral de acionistas para discutir propostas de destituição dos diretores Andreas Bierwirth e Andrew Findlay, também diretor financeiro da companhia aérea, conforme defendido por Haji-Ioannou.