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Entregas do F-35 são retomadas após interrupção por peça chinesa

Linha de produção do Lockheed Martin F-35 stealth

Uma dispensa especial do Pentágono autorizou a retomada das entregas dos caças stealth F-35 Lightning II. As entregas estavam suspensas desde o início de setembro depois que um componente de origem chinesa foi descoberto no motor da aeronave “invisível” aos radares. 

William LaPlante, subsecretário de defesa para aquisição, disse no sábado (8) que assinou uma autorização de “segurança nacional” que permite a Lockheed Martin, fabricante do caça, prosseguir com a entrega de 126 F-35 dos lotes de produção 12-14, algo que deve seguir até 31 de outubro de 2023. 

O Pentágono ordenou uma interrupção na entrega dos caças depois de ter descoberto um componente chinês no motor. Segundo Bloomberg, o componente não é novidade e está presente na aeronave desde 2003, quando ainda era um protótipo designado X-35. 

Lockheed Martin F-35A Lightning II.
Lockheed Martin F-35A Lightning II.

A peça em questão é um imã instalado na turbomáquina, fabricada pela Honeywell, usada para integrar a Unidade de Força Auxiliar (APU) e uma máquina de ciclo de ar, fornecendo energia elétrica e força para a partida do motor Pratt & Whitney F135.

A dispensa, assinada na sexta-feira (7), permite que o Pentágono aceite 126 aeronaves em contratos de produção que vão até 31 de outubro de 2023. “A aceitação da aeronave é necessária para os interesses de segurança nacional”, disse LaPlante. Dezoito aeronaves foram retidas como parte da pausa na entrega, disse a Lockheed em comunicado.

O Escritório Conjunto do Programa F-35 (JPO) disse que a peça não é falha, nem representa risco de segurança para o principal caça furtivo dos EUA. O problema, na verdade, está na segurança da cadeia de suprimentos e por que a liga de origem proibida não foi detectada pela Honeywell.

F135 F-35 motor Holanda
Instalação de um motor PW F135 no F-35A. Foto: Ministerie van Defensie/Nederland.

A Lockheed afirma que a peça foi fornecida a um subcontratado da Honeywell por um fornecedor de nível inferior. 

A lei dos EUA e os regulamentos de aquisição do Pentágono proíbem o uso de metais ou ligas especiais fabricados na China, Irã, Coréia do Norte ou Rússia. A Agência de Gerenciamento de Contratos de Defesa relatou a violação ao escritório do programa F-35 em 19 de agosto.

O episódio não é inédito: há 10 anos o Pentágono concedeu uma isenção similar à Honeywell para usar ímãs chineses em outros componentes do F-35, alegando que o programa, já prejudicado por atrasos e vários estouros de orçamento, sofreria ainda mais. De acordo com a Lockheed, o F-35 tem mais de 1.700 fornecedores de todo o mundo.

Com informações de Bloomberg

 

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Gabriel Centeno

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Militar, Notícias, Notícias

Tags: China, F-35, usaexport