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Especialistas em aviação propõe atualizar sistema de alertas na cabine do Boeing 737 MAX

Boeing 737 MAX

O ano de 2022, aparenta ser o ano para a consolidação da retomada de voos com o Boeing 737 MAX após os 20 meses suspenso de voar no mundo. A aeronave tem recebido novas encomendas e as companhias aéreas parecem ter novamente a confiança em voar com o avião norte-americano.

O cenário hoje está mais favorável para a Boeing, entretanto não quer dizer que esteja completamente livre de ‘problemas’. Um relatório mostra que o Boeing 737 tem um sistema de alertas em voo mais antigo, ainda das primeiras gerações da família de aeronaves. 

A atualização do sistema também é uma proposta técnica apresentada ao Senado dos EUA por dois especialistas em aviação, sendo um deles ex-funcionário da Boeing.

O impasse da Boeing com os novos regulamentos está mais especifico em relação ao Sistema de Indicação de Motores e Alerta de Tripulação (EICAS), na qual somente a família 737/737 MAX não está apta.

Para que todas as aeronaves Boeing 737 estejam em conformidade com o novo sistema, a fabricante precisaria trabalhar bastante no cockpit da aeronave pois os sistemas utilizados são herdados das primeiras gerações.

O EICAS é um sistema que avisa os pilotos sobre qualquer problema nos sistemas de voo e instrui os pilotos a como lidar com a situação. 

Com as aeronaves MAX 8 e 9 já em operação, realizar a atualização nessas aeronaves será bem trabalhoso para a fabricante que também precisa correr contra o tempo para resolver o mesmo impasse em relação ao MAX 10.

“Mesmo que possa ser adaptado para toda a frota MAX, isso significa que você terá um período de 5, 6 ou 10 anos em que ainda estará voando com uma frota mista. Isso vai ser um desafio de treinamento.” Disse Peter Morton, ex-executivo da Boeing.

Outra questão apontada está nos pilotos e mecânicos que operam e realizam manutenções no 737 MAX e depois vão para a série NG. Apesar do mesmo design, o cockpit é diferente nos dois aviões e os sistemas de alertas também poderia acabar confundindo pilotos e mecânicos com alertas diferentes segundo o argumento da Boeing.

Essas mudanças impactariam financeiramente a Boeing e as companhias aéreas que operam o modelo da geração atual do 737, pois seria necessário mais custos para treinamentos. 

Caso o 737 MAX 10 não seja certificado até 31 de dezembro, a Boeing teria de implementar um treinamento a mais para o modelo resultando assim em um aumento de custos para operar o avião devido ao novo sistema de cabine que será obrigatório após a data.

Por outro lado, familiares e amigos das vitimas dos acidentes da Lion Air e da Ethiopian estão pressionando a FAA para que a atualização seja realizada em toda a frota de Boeing 737 MAX. 

 

 

Com informações do Simple Flying  

 

 

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