A Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA a fabricante norte-americana Boeing que não foram concluídos os trabalhos necessários para a certificação da aeronave 737 MAX 7 em dezembro.
Segundo o Diretor Executivo de Segurança da FAA Lirio Liu, a agência contatou a Boeing no dia 19 de setembro alertando a fabricante sobre os prazos e mostrando preocupação sobre as propostas que a fabricante apresentava sobre os prazos para entrega dos documentos necessários.
A Boeing precisava entregar até meados de setembro todas as Avaliações de Segurança do Sistema (SSAs) para que todas as etapas sejam cumpridas em prol da certificação do 737 MAX 7 no mês de dezembro pela FAA.
Liu disse ainda que das avaliações entregues pela Boeing, pouco menos de 10% foram aceitas pela FAA, e outras 70% estão em revisão e avaliação. A FAA mostrou preocupação em relação aos documentos que ainda faltam e que a Boeing ainda não forneceu apresentação para eles.
“O trabalho deve ser concluído de forma deliberada e de forma que uma data arbitrária do calendário não se torne o fator determinante”, disse Liu.
“Estamos discutindo com os formuladores de políticas o tempo necessário para concluir essas certificações, seguindo os processos estabelecidos. Não estamos procurando apressar esse processo e acreditamos que a segurança é melhor atendida ao permitir que o esforço de certificação 737 MAX 7 e 10 tenha o tempo necessário para concluir esse importante trabalho sem introduzir sistemas diferentes”, disse a Boeing.
“A experiência operacional consistente em uma família de aviões é uma prática recomendada do setor”, concluiu a fabricante.
Em meados de setembro o CEO da Boeing Dave Calhoun, disse que a fabricante trabalhará para certificar o MAX 7 ainda neste ano.
737 MAX 10 deverá ser certificado apenas em 2023
A Boeing confirmou para a FAA que a certificação do 737 MAX 10 realmente será atrasada, em um novo documento enviado para a agência. A nova previsão é certificar esta versão após julho de 2023, e no mais tardar até o final do próximo ano.
O atraso na certificação do 737 MAX 10 já era esperado, devido ao nível de preocupação da Boeing com as novas diretrizes de certificação de aeronaves aprovadas pelo Congresso dos EUA.
O motivo é a entrada em vigor, a partir de 2023, de um novo padrão que modernizará o Sistema de Indicação de Motores e Alerta de Tripulação (EICAS).
O grande problema da Boeing é que somente a família 737/737 MAX não está equipada com esse sistema mais moderno, e se a certificação for realizada após 2023, a fabricante norte-americana precisará fazer modificações no EICAS, diferenciando essas versões do restante da família 737 MAX.
Deste modo, a Boeing precisará buscar uma autorização separada, para conseguir certificar o 737 MAX 10 com o mesmo EICAS do restante da família, como presente no MAX 8 e MAX 9. A boa notícia é que o Congresso dos EUA concedeu recentemente uma isenção de dois anos para certificar aviões sem o novo EICAS.
Com informações da Reuters
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