Um lendário combate encerrou seu ciclo de atividades nesta semana. Os caças Panavia Tornado GR4 do Reino Unido enfim completaram a missão que a anos desempenham na Grã-Bretanha.
Os caças após o último voo retornaram à base de Marham da Royal Air Force, em Norfolk, Reino Unido.
Os caças estavam na Operação Shader do Reino Unido para a missão multinacional encenada contra militantes do Estado Islâmico no Iraque e na Síria.
Ao todo foram quatro anos de missões envolvendo os Tornados contra o Estado Islâmico. Isso não significa que o Reino Unido saiu das ações contra o grupo extremista, no lugar dos Tornados entraram os Eurofighter Typhoon que são hoje a ponta de lança da RAF, mas que terão um novo companheiro, o F-35A/B Lighting II da Lockheed Martin.
Segundo ao Ministério da Defesa, o Tornado será oficialmente retirado do serviço no final de março e só será usado para fins de treinamento no Reino Unido no período intermediário.
“Este é verdadeiramente o fim de uma era”, disse Gavin Willaiamson, Secretário de Defesa.
De um tempo pra cá a frota dos GR4 (Tornados), foi sendo diminuída no Reino Unido. No inicio das operações com o caça, nos anos 80, a nação tinha cerca de 379 Tornados, das três variantes do caça.
Um pouco mais sobre o Panavia Tornado:
A história deste caça emblemática começou em 1974 com o primeiro voo de um exemplar. Este caça voltado para ataques ao solo e com asas de geometria variável fez parte de um consórcio de três nações consistindo da British Aerospace, MBB da Alemanha, e Alenia Aeronautica da Itália. Algo similar com o que foi feito pelo Eurofighter Typhoon.
Com o passar dos anos novas versões foram desenvolvidas, a primeira que veio junto com os primeiros lotes:
- IDS – versão de ataque à superfície;
- Tornado ADV – versão de intercepção e superioridade aérea. (A alta velocidade que os caças alcançavam facilitaram tais missões);
- Tornado ECR – versão de reconhecimento e de combate eletrônico (Com o avançar dos anos e o cenário dentro das guerras se atualizando para o mundo eletrônico, foi necessária essa adaptação para as missões de combate mais inteligentes);
O que mais chamava a atenção no caça eram suas asas de geometria variável que logo lembrava as do lendário F-14 tomcat operado pela Marinha dos EUA.
O detalhe da asa “fechar”, auxiliava em atingir maior velocidade, o que dentro de um cenário de dogfight é bom para o melhor êxito dos abates e de se livrar de um possível abate.
A primeira operação real encarrada pelos Tronado na versão GR1 foi a operação Tempestade do Deserto (Guerra do Golfo, entre 1990 a 1991). Após isso já com os GR4 da RAF lutaram nos céus de Kosovo, Afeganistão, Iraque e Síria.
Fonte de apoio: RAF/ Adaptação: Aeroflap