O Laboratório de Testes da Força Aérea Americana (AFRL) planeja testar pela primeira vez sua tecnologia de aeronave autônoma Skyborg durante o Exercício Orange Flag, que deve ser realizado entre junho e setembro desse ano.
O Laboratório já havia informado que os testes estavam planejados para julho de 2021, porém, não havia mencionado a participação no Exercício, informou o Flightglobal.
A comandante do AFRL, General-Brigadeiro Heather Pringle, explicou que o Programa Skyborg ainda está no início do desenvolvimento e que o drone não terá capacidades de combate tão cedo.
“Estamos procurando pegar os componentes da autonomia, voá-lo em algumas capacidades de teste muito rigorosas, como os voos da Orange Flag e então adicionar capacidades lentamente, medir, aprender com nossos sucessos e, em seguida, dar continuidade ao programa.” explicou Heather.
O Orange Flag tem o objetivo de testar a interoperabilidade de caças, bombardeiros e aeronaves de comando e controle da USAF, concentrando-se nos testes operacionais e de desenvolvimento de novas tecnologias. A Marinha e os Fuzileiros Navais também participam do evento.
O Projeto Skyborg deve ser integrado à classe de Drones Atritáveis: aeronaves não-tripuladas suficientemente baratas para serem perdidas pelo atrito do combate.
O AFRL contratou a Kratos, Boeing e a General Atomics para desenvolverem protótipos para o projeto. No entanto, Heather não disse qual plataforma será empregada nos testes.
A Kratos já realizou testes preliminares com o seu drone XQ-58A Valkyrie, ao passo que a General Atomics deve realizar modificações no seu drone Avenger.
Em dezembro do ano passado, um XQ-58A Valkyrie voou em formação com um F-22A Raptor e um F-35A Lightning II no Campo de Provas do Exército dos EUA em Yuma (Arizona) para realizar testes de datalink usando uma nova tecnologia chamada “gatewayONE”.
Porém, a conexão não foi estabelecida por conta de incompatibilidades entre os sistemas das aeronaves.
A USAF vê os drones atritáveis como plataformas de Alas Leais, controlados pelo hardware e software do Programa Skyborg.
Segundo o think tank americano Mitchell Institute, por conta das limitações de tamanho, a USAF deve usar seus primeiros drones atritáveis como multiplicadores de força, empregando os aviões não tripulados como iscas ou plataformas de comunicação, ou implantados em missões envolvendo guerra eletrônica, comando e controle persistente, inteligência, vigilância e reconhecimento.
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