Funcionários da Boeing Defense entrarão em greve

Boeing F/A-18 Super Hornet linha de produção greve
Linha de produção do caça naval F/A-18 Suoer Hornet em St. Louis. Foto: Boeing.

Cerca de 2500 funcionários das instalações da Boeing Defense, Space & Security no Missouri entrarão em greve a partir de 01 de agosto. O sindicato que representa os empregados rejeitou, em votação, a última oferta de contrato da fabricante. 

A greve foi anunciada pelo Distrito 837 da Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais, em comunicado divulgado no último domingo (24), afirmando que o plano negociado com a Boeing era inadequado. 

Os funcionários atuam na planta da Boeing Defense em St. Louis e St. Charles, no Missouri, responsável por projetos militares como o F/A-18 Super Hornet, F-15 Eagle II e o novo treinador T-7 Red Hawk. 

“Não podemos aceitar um contrato que não seja justo e equitativo, já que a empresa continua a ganhar bilhões de dólares a cada ano nas costas de nossos membros trabalhadores”, disse o sindicato no comunicado. “A Boeing anteriormente retirou uma pensão de nossos membros e agora a empresa não está disposta a compensar adequadamente os planos 401(k) de nossos membros.”

Jato de treinamento T-7 Red Hawk é fabricado em St. Louis. Foto: Boeing.

A Boeing, por outro lado, disse estar decepcionada e que vai acionar um plano para a apoiar suas operações durante a greve. “Estamos desapontados com a votação de domingo para rejeitar uma oferta forte e altamente competitiva”, afirma a empresa em um e-mail ao portal Defense News. “Estamos ativando nosso plano de contingência para apoiar a continuidade das operações em caso de greve.”

De acordo com ABC News, a oferta da Boeing previa um aumento salarial de 7,2% para os trabalhadores. No entanto, não inclui contribuições anuais adicionais para fundos de aposentadoria dos trabalhadores, o chamado plano 401(k), que substituiu o modelo tradicional de pensão quando a Boeing deixou de oferecê-lo em 2014.  

O sindicato e a Boeing têm um acordo que permite um período de sete dias antes do início oficial da greve, durante o qual as negociações podem continuar, disse o porta-voz do sindicato DeLane Adams. 

 

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Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.