A GOL Linhas Aéreas anunciou hoje (30/04) o resultado consolidado do primeiro trimestre de 2019. A Receita líquida trimestral foi de R$3,2 bilhões, a maior da história da Companhia neste período, com crescimento de 8,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior (1T19 X 1T18).
Esse incremento foi reflexo da combinação de maior demanda com otimização na precificação, aumento da receita no mercado doméstico, e também no internacional proveniente principalmente dos destinos de Miami, Orlando e Quito.
A GOL cresceu no mercado internacional, mesmo em meio aos desafios enfrentados com as desvalorizações do Real e do Peso Argentino frente ao dólar americano.
Em 11 de março, alinhada ao seu Valor Número 1 – Segurança – a Companhia foi a primeira aérea do mundo a suspender temporariamente as operações comerciais dos seus sete aviões 737 MAX 8 antes da solicitação do órgão regulador do país. Desde o início dos voos com essas aeronaves, em junho de 2018, foram realizados 2933 voos, totalizando mais de 12700 horas operadas oferecendo total segurança aos clientes.
“O MAX 8 é um dos pilares da estratégia de expansão internacional da GOL, oferecendo importante vantagem competitiva com a menor estrutura de custo e a melhor eficiência operacional do mercado aéreo brasileiro. Reiteramos a confiança na segurança das nossas operações e na Boeing, parceira exclusiva desde o início da companhia em 2001 e nas aeronaves 737 MAX-8. Manteremos nossos pedidos firmes junto à Boeing”, afirmou Paulo Kakinoff, Diretor Presidente.
Neste primeiro trimestre, a companhia empenhou todos os seus esforços e reacomodou todos os clientes impactados pela paralisação dos aviões 737 MAX-8, que possuíam voos programados a partir dos nossos hubs de Brasília e Fortaleza para os Estados Unidos com as aeronaves Boeing 737 NG e até com auxílio da Delta Airlines, nos primeiros dias de paralisação.
Operação
No primeiro trimestre de 2019 a taxa de ocupação foi de 81,5%, cerca de 1,1 p.p. superior em relação ao mesmo período de 2018. Considerando os mais de 63 mil voos realizados nesse período, a GOL atingiu o índice de 87,1% de pontualidade, segundo dados da Infraero.
A GOL divulgou recentemente a ampliação da malha aérea doméstica com o anúncio de seis novas rotas regionais e o início de novas parcerias estratégicas nas regiões Norte e Centro-Oeste.
O RPK – número de passageiros pagantes transportados por quilômetro voado – trimestral teve aumento de 6,4% (passando de 10,0 bilhões no 1T18 para 10,6 bilhões no 1T19).
O Yield – valor médio pago por passageiro por quilômetro voado – subiu 1,9% na comparação trimestral, resultando em RASK (receita por assento por quilômetro voado) líquido de 24,63 centavos (R$) no 1T19, aumento de 3,2% em comparação ao 1T18.
A oferta (ASK – número de assentos transportados por quilômetro voado) aumentou 5,0% versus o 1T18 (impulsionado pelo aumento do número de assentos ofertados em 3,2% e um incremento na etapa média).
Despesas operacionais
Os custos com combustível de aviação por ASK aumentou 7,2% em relação ao 1T18, para 7,63 centavos (R$), principalmente pelo aumento do preço do litro do combustível em 9,3%.
Pessoal por ASK aumentou 13,0%, para 4,40 centavos (R$) em relação ao 1T18, principalmente devido à reoneração da folha de pagamento.
Comerciais e publicidade por ASK reduziu em 0,4% para 1,02 centavo (R$), impactado por incentivos diretamente associados ao aumento da receita, compensado pelos menores custos com campanhas publicitárias no trimestre.
Tarifa de pouso por ASK reduziu em 0,1% na comparação com o 1T18, para 1,51 centavo (R$).
Gastos com passageiros por ASK aumentou 21,0% para 1,17 centavo (R$), devido ao aumento das despesas com reembolso de passagens, de acomodações e diárias principalmente provenientes do groundeamento do MAX-8, além dos maiores custos com serviço de rampa.
Custo de prestação de serviços por ASK aumentou 9,4% em relação ao 1T18, para 1,15 centavo (R$), devido principalmente ao impacto da alta do dólar nos serviços internacionais.
Material de manutenção e reparo por ASK reduziu de 0,89 centavo (R$) no 1T18 para 0,34 centavo (R$), devido principalmente a maior capitalização de reparos de componentes e rotables (incluindo motores), alinhada a execução do plano de renovação da frota.
Depreciação e amortização por ASK aumentou 35,7% para 3,11 centavos (R$), decorrente do aumento da manutenção capitalizada nos componentes principais das aeronaves (incluindo motores), aumento da base de depreciação reflexo das 7 aeronaves novas (4 incrementais) que recentemente foram incorporadas à frota.
Outras receitas e despesas por ASK aumentaram em 53,8% em relação ao 1T18, principalmente devido a base comparativa impactado por R$81,9 milhões de ganhos em vendas de aeronaves ocorridos no mesmo trimestre do ano passado.
Desempenho Financeiro
Mesmo com o aumento no preço por litro de combustível em 9% e a desvalorização do real frente ao dólar em 16%, a companhia teve aumento do CASK ex-combustível recorrente de 3,2%, para 12,80 centavos (R$).
O lucro operacional excluindo as despesas não recorrentes foi de R$546 milhões no 1T19, representando margem EBIT recorrente de 17,0%. Esse é o décimo primeiro trimestre consecutivo de resultado operacional positivo.
No 1T19 a companhia apurou prejuízo líquido depois da participação minoritária de R$32,3 milhões, frente ao lucro líquido de R$142,3 milhões durante o 1T18. O resultado do 1T19 foi impactado pela variação cambial e monetária negativa de R$90,7 milhões, comparada a uma variação cambial e monetária negativa do 1T18 de R$40,2 milhões
O EBITDA recorrente – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – foi de R$952 milhões no 1T19, crescimento de 15,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Fortalecimento do balanço e da competitividade
A relação de dívida líquida (excluindo os bônus perpétuos) sobre EBITDA UDM (últimos doze meses) foi de 3,3x no 1T19, superior em relação ao 4T18 (3,2x).
A liquidez total, incluindo caixa, aplicações financeiras, caixa restrito e contas a receber, foi de R$3,5 bilhões, superior em R$550 milhões em relação à de 31/12/2018.
A Companhia executou novas iniciativas de desalavancagem ao longo do primeiro trimestre de 2019, entre elas: (i) a recompra de 15% das Senior Notes com vencimento em 2022, (ii) a amortização de R$149,7 milhões referentes à 7ª emissão de debêntures, (iii) emissão do Exchangeable Senior Notes no valor total de principal de US$300 milhões com vencimento em 2024.
A GOL é a aérea de menor custo na região pelo 18º ano consecutivo, em razão de sua operação simplificada e de sua frota única e padronizada (menores custos com tripulação, gestão inteligente das peças sobressalentes e manutenção “best-in-class”), aliada a operações enxutas e produtivas com baixos custos fixos. Essa eficiência e vantagem sustentável de custo, garante à Companhia a posição número 1 na região.
Experiência do Cliente
A GOL transportou 8,9 milhões de pessoas no primeiro trimestre deste ano, consolidando-se não apenas como líder no número de passageiros, como também em market share no segmento doméstico (37,2%, de acordo com a ANAC no mesmo período).
“A Companhia tem investido para que todas as etapas de viagem sejam completas e garantam a melhor experiência, apostando principalmente em soluções inovadoras que otimizem o tempo de todos os clientes que voam GOL”, comentou Paulo Kakinoff, presidente da GOL.
Frota
Ao final do 1T19, a frota total GOL era de 122 aeronaves Boeing 737, sendo 115 737 NG e 7 MAX. Ao final de março de 2018, a frota total da GOL era de 118 aeronaves Boeing 737 com 117 em operação e uma aeronave subarrendada para outra companhia aérea.
A idade média da frota da Companhia foi de 9,6 anos ao final do 1T19. Em 31 de março de 2019, a Companhia possuía 129 pedidos firmes para aquisição de aeronaves Boeing 737 MAX, que incluem 99 pedidos de 737 MAX-8 e 30 pedidos de 737 MAX-10.
Tabela resumo
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