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Gol renegocia dívidas com a Delta e Boeing

A Gol Linhas Aéreas informou ontem (04/05) que renegociou diversas dívidas e contratos de leasing operacional de suas aeronaves, que inclui também os empréstimos realizados através da Delta e um valor a ser pago pela Gol para a Boeing por conta do recebimento de novas aeronaves. Os investidores da companhia receberam a mesma nota antes do fechamento das ações do dia 04/05. O programa de reestruturação é visto pelo mercado como forma para evitar a recuperação judicial.

Dentro do pacote da Gol está uma propostas a detentores de debêntures (títulos de dívida), composto em maioria pelo Bradesco e Banco do Brasil, que irá renegociar um valor de R$1,050 bilhão, desse total, 90% dele foi prorrogado para ser pago a partir de 2018 e se estendendo até 2020. Juntamente a Gol pediu um novo crédito no valor de R$380 milhões para ser pago dois anos depois, ou seja, em 2018.

A Boeing realizou um acordo com a Gol para suspender as entregas até o segundo semestre de 2018, anteriormente a Gol iria ter que pagar um valor de R$555, 5 milhões como prévia de pagamento para a realização das entregas de 2016 e 2017. No momento a Gol tem 124 encomendas junto da Boeing para ser entregues até 2027, é composto por aeronaves 737 MAX e 737 NG. O planejamento da Gol é fazer cortes na frota e reduzir o valor a ser pago de leasing operacional para as financeiras, dessa forma ela irá reduzir a dívida em dólar.

A Delta concordou em reduzir as garantias para o empréstimo de US$ 300 milhões concedido para a Gol em 2015, essa redução será permanente e poderá ter troca de notes (ofertas de permuta) entre as companhias. Atualmente a Delta Airlines tem 9,48% de participação financeira na Gol.

Com a apresentação desse plano para os investidores o resultado no dia foi positivo para a Gol, as ações da companhia na Bolsa de Valores de São Paulo fecharam em alta de 28,46%, enquanto na Bolsa Americana suas ações subiram 28,69%. Alguns especialistas da área reforça que a reestruturação terá que durar mais tempo, para a companhia conseguir fazer caixa, e alguns afirmaram que poderia ser mais branda no teor das negociações.

A Gol Linhas Aéreas reforçou que essas medidas foram tomadas para enfrentar o mercado de aviação brasileiro, que apresenta queda na demanda e está sendo afetado pela alta do dólar. Em nota enviada pela empresa foi dito, “Adicionalmente, a Gol e o setor de aviação civil foram afetados pela diminuição da demanda, excesso de capacidade da indústria, custos trabalhistas, crédito caro e escasso, rebaixamento da avaliação de risco, aumento dos custos de operação, altos custos financeiros e reduzida capacidade de pagamento”.

 

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