Em uma nova análise, o Governo dos Estados Unidos decidiu manter a tarifa de 15% sobre as importações de aeronaves Airbus, ou de qualquer outro avião fabricado na Europa.
A Organização Mundial do Comércio (OMC) aprovou as tarifas em outubro de 2019 como compensação pelos subsídios europeus, recebidos pela rival Airbus. Uma longa disputa colocou os EUA contra a União Europeia, França, Alemanha, Espanha e Reino Unido em todo o processo.
Além disso, os EUA vão aplicar uma tarifa de 25% sobre qualquer outro produto importado da Europa.
A União Europeia tentou anteriormente fazer com que os Estados Unidos retirasse a tarifa de 15% para a importação de aeronaves. No entanto, os Estados Unidos ameaçaram até mesmo taxar a linha A220 da Airbus, produzida no Canadá.
“A UE e os estados membros não tomaram as medidas necessárias para cumprir as decisões da OMC”, disse o Representante de Comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer. “Os Estados Unidos iniciarão um novo processo com a UE em um esforço para chegar a um acordo que remediará a conduta que prejudicou a indústria de aviação dos EUA e os trabalhadores e garantirá condições de concorrência iguais para as empresas americanas”.
Apesar da nova lei estar sendo aplicada, a Airbus deve sentir pouco o impacto dessa decisão dos EUA. A empresa tem uma linha de fabricação nos EUA para as aeronaves Airbus A220 e A320neo, as duas linhas mais populares entre as aéreas dos país.
As leis comerciais pontuam apenas a aplicação de taxa no produto finalizado, mas anula a aplicação para os componentes. Desta forma, a Airbus pode importar os componentes, e montar as aeronaves em Mobile, no Alabama (EUA).
No entanto, a Airbus ainda vai sofrer a aplicação de taxas para a sua linha A330neo e A350XWB, onde a Delta Airlines é a maior cliente nos Estados Unidos.
Por causa da decisão, as ações da Airbus caíam cerca de 1,2% nesta manhã, após terem recuado 2,5% no pior momento da sessão.
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