O International Airlines Group (IAG) vai realizar um empréstimo sem garantias para a Globalia Corporación que é proprietária da Air Europa.

O empréstimo não terá garantias e será feito pelo período de sete anos, o acordo foi assinado no começo desta semana. O Grupo IAG sempre demonstrou interesse em comprar a Air Europa para transformar Madrid em um mega hub de voos.

Em 2019, o grupo que controla a Iberia e a British Airways fez uma oferta de compra pela empresa espanhola no valor de 1 bilhão de euros. A negociação foi encerrada devido ao início da pandemia.

Além da Iberia, o Grupo IAG também controla a Vueling que é a segunda maior empresa da Espanha sendo a Air Europa a terceira. As rotas internacionais da Air Europa principalmente para a América do Sul a maior parte do interesse de compra pelo grupo.

Com 38 aeronaves na frota, utilizando os modelos Boeing 737-800 e 787 para voos mais longos e internacionais além dos ATR 72 e Embraer 190 para voos mais curtos e regionais, a empresa espanhola atende 56 destinos em 28 países.

Apesar do empréstimo não ter garantias, poderá reverter o valor creditado no acordo em uma participação de 20% na Air Europa, algo que ainda será negociado.

Outra ressalva é que o Grupo IAG terá exclusividade de um ano em futuras negociações e também o direito de igualar ofertas futuras pela companhia aérea. 

“Continuamos convencidos da importância estratégica deste negócio para o desenvolvimento e competitividade do hub de Madrid. Desde que iniciamos as negociações, o mundo mudou. Este acordo nos dará tempo para avaliar com exclusividade estruturas alternativas que possam ser de interesse para ambas as empresas e oferecem benefícios significativos para seus clientes, funcionários e acionistas.” Disse Luis Gallego, CEO do Grupo IAG.

A Comissão Europeia estava analisando a possível compra da Air Europa pelo Grupo IAG que poderá afetar a concorrência no mercado aéreo espanhol.

Caso a compra seja feita futuramente, o grupo passará a controlar as três maiores empresas aéreas da Espanha e isso poderá prejudicar o setor. Agora com a compra novamente em pauta, as autoridades estão observando os próximos passos da aliança entre as empresas.