A Marinha Indiana comissionou hoje (02) seu mais novo porta-aviões, o INS Vikrant. A embarcação é a primeira do tipo a ser fabricada no país e poderá carregar cerca de 40 aviões e helicópteros. 

A cerimônia de comissionamento do Vikrant, também chamado de Indigenous Aircraft Carrier 1 (IAC-1), foi realizada no Estaleiro Cochin e foi presidida pelo primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. “Hoje, a Índia se juntou aos países do mundo capazes de construir um porta-aviões tão grande com tecnologia nativa. É um símbolo do potencial indiano, dos recursos indianos e das habilidades indianas”, disse Modi.

A special day 02 September 2022
INS Vikrant pic.twitter.com/gRhiqfns9p

— PRO Shillong, Ministry of Defence (@proshillong) September 2, 2022

O porta-aviões Vikrant teve seu casco lançado em 2013 e levado ao mar pela primeira vez em 2015. Sua construção foi concluída em 2021, mesmo ano em que foram iniciados os testes no mar. O nome Vikrant significa “corajoso” em sânscrito e é uma homenagem ao primeiro porta-aviões indiano, operado entre 1961 em 1997

O navio tem 45 mil toneladas de deslocamento e 262 metros, podendo transportar até 40 aeronaves, incluindo os caças Mikoyan MiG-29K Fulcrum-D e helicópteros Sikorsky MH-60R Seahawk e Kamov Ka-31 Helix. A tripulação é formada por 1645 militares.

Chief of the Air Staff and all air warriors of the Indian Air Force congratulate Indian Navy on the commissioning of INS Vikrant.

'BRAVO ZULU' to the Indian Navy!

'शं नो वरुणः'#AtmanirbharBharat #TheLegendIsBack #INSVikrant pic.twitter.com/wr3q5EZWr8

— Indian Air Force (@IAF_MCC) September 2, 2022

Assim como o outro porta-aviões indiano, o INS Vikramaditya, o Vikrant utiliza o método STOBAR (Short Take-Off But Arrested Recovery), onde os aviões utilizam uma rampa para decolar, mas pousam com auxílio de cabos de aço. Apesar de ser mais simples e barato que o CATOBAR, que usa catapultas, o STOBAR limita o tipo e carga de útil das aeronaves que pode lançar. 

Além das aeronaves, o novo porta-aviões indiano conta dois lançadores de mísseis antiaéreos Barak 8, cada um com 35 mísseis; quatro sistemas de defesa de ponto AK-630 de 30 mm e quatro canhões navais Otobreda de 76 mm. 

Embora tenha sido comissionado hoje, o Vikrant ainda deve terminar os testes com as aeronaves, com conclusão prevista para 2023. Ao mesmo tempo a Marinha Indiana quer novos caças para usar em seu novo navio: o francês Dassault Rafale M e o Boeing F/A-18E/F Super Hornet dos Estados Unidos. 

O motivo é a insatisfação com a performance e manutenção dos MiG-29 russos. Os caças já foram avaliados na própria Índia e uma decisão deve ser divulgada neste ano ou no próximo. Além disso, a Marinha planeja operar, no futuro, um caça de quinta-geração naval, o HAL Twin Engine Deck Based Fighter (TEDBF), cujo projeto está em andamento desde 2020.