Israel derruba drones e mísseis em testes com novo laser antiaéreo

Laser iron beam Israel interceptação
Testes com o laser Iron Beam demonstraram a interceptação de drones, foguetes e mísseis. Foto Ministério da Defesa de Israel.

O Governo de Israel e sua indústria defesa realizaram testes bem-sucedidos com um novo sistema de laser de defesa antiaérea, chamado de Iron Beam. As avaliações foram realizadas pela Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Defesa (DDR&D – MAFAT) junto da Rafael Advanced Defense Systems, que desenvolveu e produziu o sistema. 

Segundo o Jerusalem Post, os testes foram realizados no sul de Israel na última semana e demonstraram a interceptação de aeronaves não tripuladas (drones), morteiros, foguetes e mísseis antitanque em vários cenários. 

“Este é um momento histórico para os sistemas de armas. Pela primeira vez, um sistema de armas baseado em energia realmente funciona. Não estou falando de ideias, mas de um sistema que funcione”, disse o General-Brigadeiro Yaniv Rotem, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento Militar do Ministério da Defesa.

“Ninguém no mundo mostrou tais capacidades. O Estado de Israel é o primeiro a realizar uma tentativa de tiro real. Estamos em uma era de novos tipos de armas – armas baseadas em energia. Estamos lá”, disse o General. 

Falando à imprensa, Rotem explicou que o Iron Beam será capaz de destruir uma multiplicidade de ameaças aéreas a uma distância de oito a 10 quilômetros, utilizando um feixe laser com potência superior a 100 quilowatts. 

O ministro da Defesa, Benny Gantz, disse que Israel se tornou um dos primeiros países a ter sucesso no desenvolvimento de uma poderosa tecnologia de laser em padrões operacionais, capaz de realizar interceptações em cenários operacionais.

“Armas baseadas em energia com um laser poderoso são, na minha opinião, um divisor de águas muito significativo”, disse Gantz, acrescentando que o sistema “contribuirá para a negação de capacidades críticas do inimigo em todas as arenas”.

Apesar de ter afirmado que ainda levará tempo até que o laser antiaéreo esteja plenamente operacional, Gantz reforça que “pela primeira vez, um poderoso sistema de laser interceptou alvos à distância. Essa conquista se deve à inovação israelense, ao estabelecimento de defesa e às indústrias que se uniram para fornecer um guarda-chuva de segurança para os cidadãos de Israel.”

O Ministro da Defesa, Benny Gantz, com Chefe de P&D no DDR&D, Brig. Gen. Yaniv Rotem, segurando os restos de um UAV e morteiro que foram interceptados pelo sistema de laser. Foto: Ministério da Defesa de Israel.

Quando entrar em operação, o Iron Beam será mais uma parte do sistema de defesa multicamadas israelense.

O chamado “guarda-chuva de proteção” inclui o Iron Dome, que detecta e abate foguetes de curto alcance; o sistema Arrow que usa os mísseis Arrow-2 e Arrow-3 para interceptar mísseis balísticos fora da atmosfera terrestre; e o sistema de defesa antimísseis David’s Sling, projetado para interceptar mísseis balísticos táticos, foguetes de médio e longo alcance e mísseis de cruzeiro disparados a distâncias entre 40 e 300 km. 

Foto: Ministério da Defesa de Israel.

O Ministério da Defesa diz que continuará melhorando o laser Iron Beam. A pasta afirma que o sistema é “eficaz, preciso e fácil de operar” e é significativamente mais barato do que qualquer outro sistema de defesa aérea.

Em paralelo, a Elbit Systems está desenvolvendo versões embarcadas do laser de alta potência para futura instalação em drones e aeronaves. 

 

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Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.