Um dos aviões mais seguros do mundo pode estar sendo alvo de algo um tanto inusitado por parte de alguns jornalistas, é o que aponta o site de política POLITICO.

Segundo o portal, que intitula a nota de ‘A verdadeira onda de crimes de D.C.’, dezenas de jornalistas se apropriaram indevidamente de pequenos utensílios que vão desde a copos de uísque gravados, óculos, taças, insígnias com o logotipo do Air Force One, em uma espécie de ‘roubo desenfreado”.

Diante da farra da usurpação dos pequenos itens, a nota diz que alguns jornalistas estariam incentivando aos demais colegas para que pegassem alguma lembrança, atitude que teria saído de controle, necessitando da realização de um inventariado pela tripulação do Air Force One em fevereiro para saber o que foi levado, notificando o Escritório de Viagens da Casa Branca.

Com a rápida disseminação sobre os atos ilícitos, o corresponder da NBC, Kelly O’Donnel, presidente da Associação de Correspondentes da Casa Branca, emitiu um comunicado alertando a proibição da retirada dos itens do avião, alertando o mau exemplo dado por alguns colegas.

Por fim, o fato da retirada de itens do avião presidencial dos Estados unidos mostra que mesmo diante o alto nível de segurança e vigilância não foi capaz de evitar a retirada inapropriada de itens.

Conheça o Air Force One dos Estados Unidos

O Air Force One, designado sobre o clássico Boeing 747-200, conta com modificações para atender a demanda de transportar o presidente dos EUA. A aeronave é uma das mais importantes da USAF, bem como uma das mais secretas do cenário da aviação militar.

O VC-25 (seu nome original), é uma fortaleza voadora VIP, os sistemas de proteção da aeronave são levados a um patamar difícil de ser alcançado. Na verdade são dois VC-25 totalmente idênticos, um chamados VC-25A e outro VC-25B. Ambos foram introduzidos em 1990, custando cada aeronave cerca de 300 milhões.

Os aviões contam com os seguintes  sistemas de segurança:

• Proteção contra pulsos eletromagnéticos e explosões nucleares;
• Sistema de flare/chaff;
• Capacidade de Revo (Reabastecimento em voo). O que possibilita o AF1 voar por tempo indeterminado;
• Sistema complexo de comunicações, 85 telefones e capacidade de comunicação via satélite;
• Sala do serviço secreto;

Ao todo cerca o Air Force One leva cerca de 76 passageiros. O AF1 ainda dispõe de um espaço médico em seu interior, o que inclui uma mesa de cirurgia.

No piso superior existe uma completo centro de comunicação. Além disso tem o cockpit com espaço para pilotos, engenheiro de voo e navegador (Deve-se levar em consideração que é um Boeing 747-200).

Outras curiosidades

O nome “Air Force One” é usado apenas quando presidente está a bordo da aeronave.

Dado aos seus vasto sistema de segurança não é sempre que o VC-25A/B é escoltado por caças, mas isso já aconteceu.

 

Em 11 de setembro de 2001, o Air Force One foi o porto seguro do então ex-presidente dos EUA, George W. Bush. Bush estava no estado da Flórida quando os ataques às torres gêmeas aconteceram em New York. Temendo a vida do presidente o AF1 foi usado como proteção por um longo tempo e sua permanência em voo teve a escolta de caças.

Após os ataques o controle aéreo dos EUA, temendo novos ataques, optou por vetar todos os voos sobre o país. Apenas o Air Force One e demais aeronaves militares continuaram a voar naquele 11 de setembro de 2001.

O futuro Air Force One

O futuro do AF1 já está traçado, os atuais Boeings 747-200 convertidos nos VC-25/B serão trocados por novos Boeings 747-8.

Bem provável que quando os atuais VC-25 forem retirados de serviço os mesmo sejam levados para algum museu aeronáutico nos EUA.

As novas aeronaves já estão passando pelo extenso processo de modificação e instalação dos múltiplos sistemas de segurança.

Da mesma maneira que é com os atuais VCs-25, não se sabe muito que recursos de defesa a nova aeronave presidencial dos EUA vai ter. Mas acredita-se que haja sistemas como: alerta de mísseis e tecnologias defensivas, sistemas de distribuição de resíduos e contramedidas direcionais por infravermelho, capacidade de reabastecimento em voo, entre outras características.

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