Dias após ser anunciada como vencedora de um contrato bilionário para fornecer o novo “avião do fim do mundo” para os Estados Unidos (USAF), a Sierra Nevada Corporation (SNC) vai comprar cinco Boeing 747-8 da Korean Air.
Segundo a Reuters, a principal aérea da Coreia do Sul informou a venda das aeronaves em documento de troca na quarta-feira (08). Conforme o documento obtido pela agência, os 747 serão vendidos à SNC em setembro de 2025, em um negócio avaliado em US$ 674 milhões. O acordo também segue o plano da Korean Air de se desfazer de aeronaves mais antigas e substituí-las por aeronaves de geração mais nova.
Na última semana, a USAF anunciou a Sierra Nevada como vencedora da licitação de US$ 13 bilhões para desenvolver e entregar o substituto do E-4B Nightwatch. Conhecido como Avião do Fim do Mundo, o jato é um 747-200 em serviço com a Força Aérea dos EUA desde a década de 1970. Quatro desses aviões estão em serviço.
O Jumbo de passageiros, um dos mais clássicos aviões da Boeing, foi adaptado para se tornar um posto de comando aéreo, recebendo o Estado-Maior dos EUA em caso de catástrofes de grande vulto ou mesmo guerras nucleares. Por isso, o E-4 recebeu os infames apelidos de Avião do Fim do Mundo ou Avião do Apocalipse.
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A própria Boeing, que tem passado por perrengues, abandonou a disputa, restando apenas a SNC, uma empresa de médio porte que acabou levando o contrato. Agora, a empresa tem até 2032 para projetar e entregar o ‘novo’ E-4 à USAF.
Parceira da Embraer
Desde 2013 a Sierra Nevada mantém uma parceria saudável com a Embraer Defesa & Segurança. A firma norte-americana produz nos EUA os turboélices de ataque A-29 Super Tucano para contratos financiados pelo governo dos Estados Unidos, como o que forneceu aviões para o Afeganistão e para a própria USAF.
Em fevereiro, SNC e Embraer realizaram uma demonstração conjunta do A-29 para a Força Aérea de Gana (GAF). Na oportunidade, o Chefe do Estado-Maior da GAF, Vice-Marechal da Aeronáutica Frederick Asare Kwasi Bekoe, expressou entusiasmo com a exibição e disse que “a parceria com a SNC e a Embraer foi oportuna, considerando que o A-29 Super Tucano era uma plataforma ofensiva estratégica para melhorar a postura dissuasora e ofensiva da Força.”
