Não é novidade, as alterações climáticas globais estão ocorrendo neste exato momento, e são efeitos de vários anos do aumento da concentração de CO2, que conhecemos por aumentar o efeito estufa, e a temperatura média do Planeta Terra.
Com maior aquecimento da atmosfera, um fenômeno que ganha força é o “Jet Stream“, correntes de ar que se deslocam do oeste para o leste, e cada vez com intensidade maior. Voando alto, os aviões são afetados por esse “Jet Stream“, que inclusive aumenta ou diminui o tempo de voos entre continentes, devido aos ventos de proa e cauda.
E de acordo com o professor de Ciências Atmosféricas da Universidade de Reading, no Reino Unido, Paul Williams, a maior força do Jet Stream não é uma boa notícia para os voos. Mais agressivo, ele pode causar as famosas turbulências de céu claro, quando não há formações de chuva nas proximidades, e com uma intensidade cada vez maior.
De acordo com Williams, todos esses fatores podem causar turbulências de céu claro com duas a três vezes mais força nos próximos anos.
And so ends two days of stimulating discussions at the Sustainable Aviation Futures Congress in Amsterdam.
I take heart that many smart minds are working very hard behind the scenes to decarbonise how we fly. pic.twitter.com/hzE68DZMxY
— Prof Paul Williams (@DrPaulDWilliams) June 21, 2022
“Temos muitas evidências de que a corrente de jato (Jet Stream) agora é 15% mais fortemente cisalhada desde que os satélites começaram a medi-la na década de 1970. E é isso que causa muita turbulência, especialmente a turbulência do ar claro. E os satélites mostram que se tornou 15% mais forte desde a década de 1970, essa é uma mudança enorme. E entendemos por que isso está acontecendo em termos dos mecanismos físicos por trás disso. Nossos cálculos indicam que haverá duas ou três vezes mais turbulência severa nas próximas décadas devido à das Alterações Climáticas”, disse o Professor Williams.
Os radares meteorológicos das aeronaves comumente não detectam este tipo de turbulência, por este motivo, lesões são o tipo de acidente aéreo mais comum, e por ficar em pé na maior parte do voo as comissárias(os) de bordo tem 24 vezes mais chances de se machucar do que os passageiros.
Os passageiros que ficam sem o cinto afivelado durante o voo, mesmo com os avisos desligados, também podem sofrerem ferimentos em uma forte turbulência de céu claro.
Por este motivo Paul Williams ressalta que a aviação também precisa contribuir utilizando combustíveis sustentáveis, com menor emissão de CO2 na atmosfera.
Via: Paul Williams, CBC e Simple Flying
Quer receber nossas notícias em primeira mão? Clique Aqui e faça parte do nosso Grupo no Whatsapp ou Telegram.