“Milagre” do voo 1549 da US Airways, que pousou no rio Hudson, completa 10 anos

Airbus A320 da US Airways New York Voo 1549

Há exatos 10 anos um incidente grave foi de repercussão mundial. Um Airbus A320 da US Airways, havia decolado de Aeroporto La Guardia, em New York, e teve que cancelar o voo para Charlotte, Carolina do Norte, devido a um choque com vários gansos canadenses, levando ao Comandante Sully a realizar um pouso digno de filme (e isso aconteceu), no gelado Rio Hudson.

O voo 1549 da US Airways se tornará naquele dia um dos maiores destaques nas TVs dos EUA e do mundo. Afinal, não é sempre que se vê o pouso de um avião em um rio, onde as 155 pessoas a bordo saem sem ferimentos graves.

A320 da US Airways após o pouso no Rio Hudson

Após o pouso as embarcações de resgate responderam de imediato aos pedidos de socorro, e resgataram as 155 pessoas a bordo do A320 e encaminharam as feridas para os hospitais próximos. Os ferimentos em geral foram poucos e simples, com exceção da comissária Doreen Welsh, que teve sérios em na perna, mas foi medicada.

Depois do resgate naquela hora o principal assunto do dia era o pouso no Rio Hudson, a imprensa do mundo toda estava repassando a notícia e esperando alguma nota por parte da US Airways.

E assim foi feito por Doug Parker, presidente da US Airways, que emitiu uma declaração oficial durante uma conferência de imprensa confirmando o ocorrido com o A320.

Resgate dos passageiros do voo 1549.

 

Investigações

Assim que tudo se passou, os passageiros e tripulações foram medicados, as investigações do incidente com o Airbus A320 da US Airways (voo 1549) foram iniciadas.

O relatório preliminar do incidente, publicado em 16 de janeiro, declarou que a aeronave perdeu potência nos dois motores após se chocar com gansos-canadenses. Esta conclusão, e a perda simultânea de potência em ambos os motores, foi confirmada pelas gravações de voz da cabine e das gravações dos dados de voo, que foram recuperados da aeronave pelo NTSB, quando o avião foi retirado do rio em 18 de janeiro.

Pelas investigações, segundo os investigadores, daria tempo do A320 retornar para o aeroporto de La Guardia e realizar um pouso em segurança. Isso foi um incomodo para os pilotos do voo 1549 que informaram o contrário a única alternativa era o pouso no rio.

Porém com todas as gravações e dados do voo, simulações foram feitas e nas mesmas os pilotos convocados conseguiram pousar em um aeroporto. Mas o que não foi levado em consideração foi ‘fator humano’.

Assim que aconteceu o choque, os pilotos ficaram tentando saber o que houve até tomar a decisão de pousar no Hudson, e este tempo de reação o ápice da questão. Tanto Sully, quanto o co-piloto Jeffrey B. Skiles, relatam isso nos depoimentos e nas simulações feitas pelos investigadores, onde os mesmos introduziram esse tempo de reação e ficou mais do que claro que a decisão de pousar no rio Hudson foi a correta.

 

Condecorações

Passada as investigações chegou-se o momento das honras aos pilotos e as comissárias, que naquele dia 15 de janeiro de 2009 estavam no voo 1549 da US Airways que pousou no Rio Hudson.

A Guild of Air Pilots and Air Navigators (Associação de Pilotos e Navegadores Aéreos) condecorou toda a tripulação do voo 1549 com uma Medalha de Mestre, em 22 de janeiro de 2009. A medalha é dada somente a grandes conquistas da aviação à discrição dos Mestres da Associação.

O prefeito de prefeito de Nova Iorque, Michael Bloomberg, presenteou à tripulação do voo 1549 com as Chaves da Cidade, e deu ao comandante uma cópia de um livro, que o comandante tinha sido emprestado de uma biblioteca e que foi perdido no acidente, intitulado Just Culture: Balancing Safety and Accountability, por Sidney Dekker.

 

Tripulação

Tripulação do voo 1549 da US Airways

Tripulação do voo 1549. Na ponta esquerda o Comandnate Sully e na ponta direita o co-piloto effrey B. Skiles. No centro as comissárias Donna Dent,Doreen Welsh e Sheila Dail.

O grande mentor deste fato foi o comandante era Chesley “Sully” Sullenberger, de 57 anos, um ex-piloto de caça que tem sido comandante de linhas aéreas civis desde que deixou a Força Aérea Americana (USAF), em 1980.

É também um especialista em segurança e um piloto de planadores. O parceiro do comandante Sully no voo 1549 da US Airways foi o copiloto Jeffrey B. Skiles, de 49 anos, que estava no seu primeiro voo num Airbus A320, desde que passou num curso de treinamento de voo para este tipo de aeronave. O resto da tripulação era constituída pelas comissárias de bordo Donna Dent, Doreen Welsh e Sheila Dail.

 

Mídia

Filme do Sully o Herói do Rio Hudson voo 1549

Filme: Sully – O Herói Do Rio Hudson (Sully)- Foto via internet

Alguns documentários foram produzidos sobre este fato, o Discovery Channel exibiu um documentário intitulado Hudson Plane Crash – What Really Happened (Acidente de Avião no Hudson – O que realmente aconteceu) pela primeira vez.

O documentário de TV de uma hora examinou as circunstâncias que rodeavam o acidente e o resgate; o filme destacou animações geradas por computador e novas entrevistas com os passageiros, a tripulação, testemunhas, pessoas diretamente envolvidas no resgate e especialistas em segurança na aviação.

A National Geographic (Nat Geo) exibiu um documentário da série Mayday Desastres Aéreos “Hudson River Runway” (Pouso do Rio Hudson) onde o documentário mostrou deste a decolagem até o pouso na água.

O caso do voo 1549 da US Airways também chegou nas telas do cinema. O filme Sully, dirigido por Clint Eastwood e estrelado por Tom Hanks, foi lançado em 2016 e reproduzindo em cinemas do mundo todo. O filme retratou todas as cenas de antes, durante e depois do desfecho deste pouso no Rio Hudson.

 

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