Em meio às tensões por uma possível guerra contra a vizinha Guiana, uma inusitada prisão foi registrada na Venezuela no final de semana. Um homem foi capturado por militares e com ele foi recuperado um míssil russo R-73, usado nos caças Sukhoi Su-30 da Força Aérea Venezuelana.
Agentes da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) e da Direção-Geral de Contra-espionagem Militar prenderam o homem na cidade de El Sombrero, no noroeste do país. A identidade do homem e as circunstâncias da operação não foram reveladas.
O míssil foi encontrado no quintal da residência do homem detido, em cima de pequenos pneus e escoras de metal, ao lado de um telha. Também não se sabe como o preso obteve o míssil, mas segundo o portal Zona Militar, o artefato pode ter sido roubado de dentro da Base Aérea Capitão Manuel Ríos.
A Venezuelan man has been arrested after the Venezuelan military found he was hiding an R-73 air to air missile at his house in Guárico.#Venezuela pic.twitter.com/E9ILUtnz3F
— CNW (@ConflictsW) December 3, 2023
Pelas redes sociais, o Comandante da Aviação Militar Bolivariana, General Santiago Infante Itriago, disse que o R-73 capturado se trata de uma versão inerte de treinamento, sem explosivos ou o motor foguete. Agora recuperado, o míssil russo será usado “para fins de instrução”, disse o oficial.
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Fabricado pela Vympel, o R-73 é um míssil de curto alcance e guiado através do espectro infravermelho, ou seja, se orienta por fontes de calor. O R-73 substituiu o antigo R-60 e foi um dos primeiros mísseis ar-ar com empuxo vetorado, o que aumenta sobremaneira a manobrabilidade do artefato. O armamento pode chegar a 2,5 vezes a velocidade do som, possui uma ogiva de 8 quilos e pode atingir alvos aéreos até 40 km de distância.
Os R-73 foram adquiridos pela Venezuela em 2005 para armar os caças Su-30 MKV, os mais poderosos do país. Cada aeronave carrega, normalmente, de dois a quatro mísseis do tipo, dependendo da missão.
Mesmo em suas versões inertes, mísseis são materiais bélicos sensíveis e devem ser armazenados em paióis especiais, e não ao ar livre como visto nesse caso.
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