Motor a jato de ciclo adaptativo entra em fase final de desenvolvimento

A Força Aérea dos Estados Unidos concedeu dois contratos de desenvolvimento para a GE Aviation e a Pratt & Whitney, no valor de até US$ 1 bilhão cada, para continuar o desenvolvimento de uma próxima geração de motores a jato de uso militar, que irá equipar a próxima geração de caças, e possivelmente uma versão remotorizada do Lockheed Martin F-35.

Esse novo projeto visa aumentar a economia de combustível, através da melhora da eficiência dos motores em velocidade supersônica, a pesquisa está concentrada em um modelo capaz de desenvolver até 45,000lbf de empuxo.

“Acreditamos que a GE está melhor posicionada para integrar o conjunto de adaptação das tecnologias em aviões de combate da próxima geração”, diz Dan McCormick, gerente geral de desenvolvimento da GE Aviation.

Motor de Ciclo Adaptativo em Alta Potência.

Motor de Ciclo Adaptativo em Alta Potência.

O diretor sênior de programas avançados da Pratt & Whitney, Jimmy Kenyon, disse que a empresa pode aproveitar a experiência como fornecedor de propulsão para os caças atuais de quinta geração, F-22 e F-35. De acordo com ele seria possível “fornecer um mecanismo de adaptação altamente tecnológico, com a capacidade para propulsionar uma ampla gama de aeronaves no futuro “.

A USAF está desenvolvendo conceitos para substituir o Lockheed F-22 após 2030, uma nova geração de caças, o que inclui a atualização de desenhos e a remotorização do F-35 com um motor de ciclo adaptativo, que contenha cerca de 45,000lb empuxo.

Um motor de ciclo adaptativo pretende solucionar uma limitação de design em propulsores modernos. Um motor otimizado para velocidade subsônica é mais eficiente em termos de combustível, mas não pode facilmente exceder a velocidade do som. Um motor supersônico, no entanto, pode acelerar tranquilo ao longo de Mach 1,0, porém tem outras limitações em baixa velocidade.

Motor de Ciclo Adaptativo buscando alta eficiência.

Motor de Ciclo Adaptativo buscando alta eficiência.

O programa AETP pretende desenvolver diversas tecnologias que podem tornar os motores supersônicos até 25% mais eficiente no consumo de combustível, o que com outras melhorias poderia resultar em um consumo até 30% menor por aeronave supersônica.

Um motor de ciclo adaptativo propõe acrescentar um fluxo secundário do fluxo de ar em condições de velocidade de cruzeiro, esse duto secundário pode ser fechado quando é necessário acelerar rapidamente. Ao contrário de um motor turbofan comum, onde o ar só tem dois caminhos para passar, o de ciclo frio, e o de ciclo quente, que é queimado na câmara de combustão.

 

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