Novas rodas e freios para os B-52 Stratofortress

B-52 pousando na Base Aérea de Barksdale. Foto: Kevin Jackson/USAF.

Seguindo o plano de manter os clássicos bombardeiros estratégicos Boeing B-52 Stratofortress em serviço até meados de 2050, a Força Aérea dos EUA (USAF) contratou a Collins Aerospace para desenvolver novos conjuntos de freios e rodas para as aeronaves. 

A fabricante informou na última quarta-feira (07) que foi contratada pela USAF para projetar e fabricar os equipamentos para os 77 bombardeiros ainda em serviço nos EUA, mas não informou o valor do contrato. A Collins, que pertence à Raytheon Technologies, também deve fornecer peças sobressalentes

Segundo o Military.com, para aumentar a vida útil dos freios, a empresa usará seu material dissipador de calor de carbono, conhecido como DURACARB, que fornece “maior absorção térmica” à medida que a aeronave desacelera e freia na pista durante um pouso, explicou Matthew Maurer, vice-presidente e gerente geral de programas militares, pouso e sistemas mecânicos.

Bombardeiro B-52H Stratofortress sobre o Oriente Médio. Foto: USAF

“Hoje, a aeronave usa freio de aço e vamos substituí-lo por freio de carbono”, disse Maurer em entrevista. 

A nova combinação “vai permitir intervalos mais longos entre as revisões de freio ou intervalos mais longos entre as inspeções nas rodas”, acrescentou. “Esperamos passar pela fase de projeto e desenvolvimento e dar suporte aos testes de voo até 2023 e, em seguida, [reformar] a frota até 2026.”

O executivo também explicou que técnicos de manutenção da USAF trabalharão ao lado dos engenheiros da Collins para desenvolver os novos conjuntos. A USAF já usa o DURACARB em seus caças F-15 Eagle e F-16 Viper e nos cargueiros C-130 Hércules. 
 
Além dos freios, o B-52 deve receber novos motores num futuro próximo. Há anos a Força Aérea tenta substituir os antigos Pratt & Whitney TF33-P-3/103 do bombardeiro. A queda de um motor em 2017 tornou a necessidade ainda mais urgente. 
 
Pratt & Whitney, Rolls Royce e General Electric concorrem para fornecer um total de 608 novos motores aos bombardeiros da década de 50. O último B-52 saiu da linha de produção em 1962. 

 

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Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.