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O único trijato a operar pela empresa: O MD-11 e sua curta história na TAM

McDonnell Douglas MD-11 TAM

Foto: Eduard Heisterkamp

 

Certamente você já deve ter ouvido que a TAM Linhas Aéreas já operou o McDonnell Douglas MD-11, mesmo por um curto período de tempo o avião foi importante para a companhia aérea em sua expansão e consolidação.

Vamos entender um pouco como o McDonnell Douglas MD-11 chegou até a TAM, diante da crise que até então maior companhia aérea brasileira, a Varig, enfrentava a companhia fundada pelo Comandante Rolim Amaro tinha uma chance de ouro se consolidar como a maior empresa aérea do país e de quebra a de bandeira também.

O ano era 2006, e a Varig estava se afundando cada vez mais em dividas e a qualquer momento poderia deixar de operar. O mercado nacional já estava sob o domínio da TAM, o foco agora era aproveitar a lacuna deixada pela pioneira, para isso iniciou as tratativas para trazer novos aviões a frota.

Um ano antes, em 2005, a TAM havia ampliado seus voos internacionais. Partindo do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão a companhia aérea voou para Paris, fazendo uma escala em Guarulhos e em Recife com seus Airbus A330-200, além do voo para New York partindo também do Rio de Janeiro com escala em São Paulo.

A TAM aproveitou a oportunidade de crescimento e encomendou seus primeiros aviões Boeing, decisão que surpreendeu a todos. Seriam 8 aviões 777-300ER com entregas sendo iniciadas em 2008, ou seja, dois anos depois.

Mas nesse período a companhia precisava aproveitar os slots deixados pela Varig em horários atrativos, e nessa negociação a Boeing fez valer a confiança da TAM. Um dos grandes motivos pela escolha do jato norte-americano, foi que a Boeing emprestou 3 McDonnell Douglas MD-11 para a companhia brasileira a um preço extremamente baixo.

Esses aviões viriam configurados conforme a TAM desejava para realçar seu bom produto para os voos internacionais. E assim foi feito, configurados em 3 classes, a TAM recebeu os MD-11 com as matrículas PT-MSH, PT-MSI e PT-MSJ.

McDonnell Douglas MD-11 TAM
Foto: Thiago Pereira Machado

O curioso é que os 3 aviões operaram na Varig, e um deles já havia operado também na Vasp tendo sido a empresa a receber. Na época o serviço de entretenimento a bordo era individual feito por equipamentos portáteis, esses aparelhos possuíam canais de vídeo, de áudio além de jogos e 100 álbuns de música com videoclipes. 

Com a capacidade para 285 passageiros divididos em, 6 na Primeira Classe, 49 na Executiva e 230 na econômica.

 

Confira agora quais foram os MD-11 operados pela TAM

O primeiro a chegar foi o PT-MSH no dia 3 de fevereiro de 2007, a aeronave foi preparada na Varig Engenharia e Manutenção (VEM) no Aeroporto do Galeão. Operou pela TAM até novembro de 2008, antes disso na Varig operou desde 1999. O PT-MSH se tornou o primeiro e único trijato operado pela companhia aérea até hoje.

Atualmente essa aeronave voa pela FedEx, tendo sido convertido em cargueiro. A sua matrícula atual é N572FE, foi repassado a companhia norte-americana em 2009 e ainda está em operação.

O segundo MD-11 para o “Mágico Tapete Vermelho” chegou algumas semanas depois do primeiro. O segundo avião do tipo recebeu a matrícula PT-MSI e também a mesma configuração, tendo sido reformulado também na VEM. Operou também pela pioneira desde 1999 até 2007.

Desde 2015 essa aeronave não voa mais, depois de voar pela TAM foi repassado para a Ethiopian onde foi convertido em cargueiro. Operou até 2015 e foi devolvido ao lessor e enviado à Victorville onde foi depenado.

O terceiro e último MD-11 recebido pela empresa brasileira foi o PT-MSJ, esse por sinal muito conhecido no Brasil. Sua encomenda original era da Vasp, tendo chegado ao país em 1996 com a matrícula PP-SFD com o nome de “Nossa Senhora Aparecida”. Operou pela Vasp até o ano 2000 quando foi devolvido ao lessor.

Um ano depois estava de volta ao Brasil, dessa vez operando pela Varig como PP-VQX. Operou pela empresa até seus últimos momentos antes de ser repassado a TAM em março de 2007, por lá voou até o final de outubro de 2008.

No ano seguinte este avião foi devolvido e convertido em cargueiro, desde então opera pela FedEx com a matrícula N873FE e nome de “River”.

O MD-11 foi o único trijato operado pela TAM, marcou sua história na empresa por permitir a ampliação dos voos para a Europa. Certamente os fãs do jato não vão esquecer desse curto período com diversos voos em algumas cidades no Brasil e também no exterior.

 

 

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