Foi apresentado nesta última sexta-feira (04/02) um pedido de indenização na 5º Vara Cível da Comarca de São Paulo envolvendo o processo de desaparecimento da cachorra pandora, que foi encontrada no último final de semana no Aeroporto de Guarulhos após 45 dias desaparecida.
Os tutores da Pandora solicitaram uma indenização à GOL e GRU Airport de R$ 336 mil, como danos materiais e morais, pelo desaparecimento da cachorra. Reinaldo Junior, dono do animal, lidera a ação juntamente com seus advogados.
Na ação a GOL alegou que a cachorra destruiu a caixa de transporte, sendo esse o provável motivo da fuga. Contudo, os advogados de Reinaldo apontam que apenas o lacre de segurança estava rompido, e a caixa intacta.
Pandora viajava dentro de uma caixa especial de transporte da GOL a partir de Recife com destino a Navegantes, em Santa Catarina, com uma conexão em Guarulhos.
A GOL contratou uma empresa especializada, que trabalhou por 5 dias nas buscas pela Pandora, no entanto, a assistência para Reinaldo e nas buscas cessaram após esse período.
A inclusão do GRU Airport no processo, de acordo com os advogados, é devido à dificuldade colocada para acesso às filmagens do local, e também devido aos funcionários, que tentaram recuperar o animal “sem tanta energia”. Uma das filmagens apresentadas pela concessionária mostra que um carro da GRU Airport chega a seguir Pandora, os funcionários desembarcam do veículo, contudo, desistem logo em seguida de “correr atrás do cachorro”.
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“A negligência e omissão das Rés que levaram a Pandora a fugir e, ainda, ficar por 45 dias perdida para ser localizada dentro do próprio aeroporto, sofrendo de desnutrição, bem como os danos causados aos Autores, materiais e morais, deverão ser apurados nesta demanda para que as Rés sejam condenadas à reparação integral dos danos, conforme será a seguir apurado”, disseram os advogados no pedido à justiça.
A cachorra Pandora foi encontrada 45 dias depois dentro do Terminal de Cargas do Aeroporto de Guarulhos, e devolvida ao dono, Reinaldo Junior.
“Ficamos muitos felizes ao encontrarmos a Pandora. Acha-la é a prova de que a persistência de todos nós valeu a pena. Agora lutaremos pela responsabilização dos envolvidos, pela saúde da Pandora e para garantir que isso não se repita mais. As companhias aéreas precisam respeitar os animais e dignificar os transporte aéreo para todos”, declarou o advogado Leandro Petraglia, que estava assessorando Reinaldo no caso.
Em nota ao O Globo, a GRU Airport disse que “ainda não foi notificada e se manifestará nos autos do processo. A concessionária esclarece que, por questões legais e de segurança, só pode autorizar o acesso ao aeroporto e às imagens a partir de solicitação das autoridades competentes. Por fim, reforça que a responsabilidade pelo transporte e manuseio de animais é das companhias aéreas”.
A GOL, que emitiu uma nota após o caso ser divulgado na mídia, disse que não comentará o caso que está sendo resolvido na justiça.
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