Cinco anos após o originalmente planejado, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos assinou o “marco C” (MSC) para o F-35 Lightning II. Com a decisão, o Pentágono dá luz verde para a produção plena do caça stealth. 

A decisão foi assinada pelo chefe de aquisições do Departamento de Defesa, Bill LaPlante. “Esta decisão – apoiada por meus colegas do Departamento – destaca para os Serviços, Parceiros do Programa Cooperativo F-35 e clientes de Vendas Militares Estrangeiras que o F-35 é estável e ágil, e que todos os requisitos legais e regulamentares foram adequadamente abordados”, disse LaPlante. 

O Conselho de Aquisição de Defesa, presidido por LaPlante, reuniu-se em 7 de março para considerar a possibilidade de mover o F-35 para produção plena. A aprovação para o MSC mostra que o Pentágono vê o F-35 como uma plataforma madura e que confia no sistema de produção da Lockheed Martin. 

Embora celebrada, a decisão vem cinco anos depois do planejado originalmente pelo Pentágono. Com mais de 990 caças já entregues para os militares dos EUA e demais clientes, o programa como um todo enfrentou uma série de atrasos por conta de problemas com a criação do Joint Simulation Environment (JSE).

O JSE é um ambiente digital que emula sistemas avançados ameaças que não podem ser replicadas em testes de voo reais, segundo o Breaking Defense. Os testes, considerados um pré-requisito para a aprovação do Marco C, foram concluídos em setembro. Ao todo, 64 ensaios foram realizados, colocando todas as três versões do jato em cenários semelhantes aos que poderiam encontrar em combate, como contra-ataque defensivo, defesa contra mísseis de cruzeiro e destruição da defesa aérea inimiga.

Apesar dos problemas, o F-35 tem apresentado bons resultados, seja na parte de vendas, conquistando contratos, ou em operações militares. Além disso, a Lockheed já produz o F-35 em capacidade total, entregando cerca de 150 aeronaves ao ano desde 2019. Dessa forma, a autorização para produção plena  provavelmente terá um efeito um tanto discreto sobre o número de jatos construídos.