Uma investigação conjunta entre autoridades da aviação na Europa, a Airbus e a fabricante Pratt & Whitney, apontou que os motores PW1500G do A220 podem sofrer de uma ressonância acústica, algo que motivou alguns incidentes com esses motores.
A ressonância citada em diversos processos de investigação de incidentes, como o desligamento dos motores da aeronave em pleno voo, era a causa de danos nas pás do compressor.
A Pratt & Whitney criou então uma correção de software para a anular essa condição, que causou o desligamento em voo dos motores PW1500G.
Além da EASA, a FAA também emitiu uma diretiva de aeronavegabilidade ordenando que o novo software seja instalado no sistema FADEC.
O procedimento de atualização do software do motor leva cerca de duas horas e custará menos de US$ 200 por avião, valor pago pela própria fabricante.
O software ajusta a posição relativa das palhetas da turbina do motor para impedir que elas criem a ressonância, que era poderosa o suficiente para afetar estágios do compressor de baixa pressão. Todos os quatro incidentes terminaram com pousos seguros, mas a FAA diz que esse tipo de dano interno é perigoso.
“Esta condição, se não for tratada, pode resultar na liberação irrestrita do LPC R1, danos ao motor e danos ao avião”, disse o AD.