A famosa Área 51, nos Estados Unidos, é conhecida pelo desenvolvimento de novas tecnologias, muitas vezes desconhecidas do público geral, na área de defesa e segurança do país norte-americano.

A partir de lá diversos aviões foram construídos e testados, sendo que muitos estão voando atualmente. E um enorme hangar que existe há oito anos perto do centro de testes de voo da Força Aérea em Groom Lake foi fotografado no fim de janeiro por um satélite de Planet Labs.

As imagens revelam uma suposta nova aeronave de defesa, pela primeira vez um avião nas proximidades do enorme hangar construído na Área 51. A aeronave pelas dimensões demonstra ser um caça com asa em delta, em um design semelhante às projeções de aeronaves de combate de 6ª geração.

O avião está envolto por uma bolha de plástico, provavelmente uma estrutura adaptada para trabalho em regiões remotas, produzida em plástico inflável. 

De acordo com a análise de resolução do satélite, o caça tem o tamanho aproximado de 21,45 metros de comprimento e envergadura de 16,5 metros. Da mesma forma, o desenho, com uma asa em delta ogival de alto enflechamento, se assemelham a um conceito apresentado pela Northrop Grumann alguns anos atrás.

Como na maioria dos caças, as saídas dos motores (ou do motor) é localizada na parte central da traseira do avião. Pelas características de resolução do satélite não é possível definir se a exaustão do motor é integrada ao corpo do avião, como no conceito da imagem acima e semelhante ao atual B-2.

Um outro conceito (imagem abaixo) do programa Next Generation Air Dominance (NGAD) mostra uma aeronave de arestas suaves, inclusive para a entrada de motor e com exaustão dos gases quentes integrada com o corpo da aeronave. O desenho é claramente inspirado em uma mescla entre SR-71 e B-2, com muitas adequações para deixar o avião com baixa assinatura de radar (stealth).

A exaustão de gases quentes integrada ao corpo do avião, como no bombardeiro B-2, diminuem as chances de detecção do calor emitido por ondas infravermelhas por câmeras em solo ou integradas em sistemas de defesa. Em um caça que utiliza pós-combustor o rastro de calor gerado pelos motores nesta condição é muito evidente.

Por enquanto há realmente poucos dados sobre caças de 6º geração que estão sendo desenvolvidos por diversos países. Conhecemos que estas aeronaves devem herdar tecnologias da 5ª geração, aprimoradas com avanços do setor nos últimos 20 anos, e também a capacidade dos drones de voar sem tripulantes a bordo, ou opcionalmente com tripulantes.

Para o Ano Fiscal americano de 2022 (FY2022), que começou em outubro de 2021, a Força Aérea dos EUA solicitou a aposentadoria de 201 aeronaves diferentes e orçamento para aquisição de novos aviões e desenvolvimento de armamentos e projetos como o NGAD (Next Generation Air Dominance), novo caça que deverá substituir o F-22 Raptor. 

No total, o Pentágono (DoD) solicitou um orçamento de US$ 752,9 bilhões ao Congresso Americano, sendo que US$ 112 bi são só para pesquisa, desenvolvimento, testes e avaliações, representando a maior solicitação de investimento para esse aspecto de todos os tempos, um aumento de 5,1% em relação ao FY2021. 

Imagens e informações por The Drive.