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Qantas anuncia perdas de US$ 2 bilhões, com estocagem do A380 por 3 anos

Qantas Airbus A380

A Qantas anunciou hoje (20/08) um prejuízo anual de aproximadamente US$ 2 bilhões. Os prejuízos se dão devido a crise global de saúde, causada pelo Covid-19. Em comparação ao primeiro semestre houve uma redução de US$ 2,88 bilhões em receitas da companhia aérea.

Sem operar qualquer voo internacional desde abril, a empresa obteve lucro de US$ 40 milhões sob o exercício financeiro que teve o fim em 30 de junho. O mercado doméstico do Grupo Qantas resultou em lucro de US$ 205 milhões, a Qantas Loyalty teve lucro antes de juros e impostos de US$ 245 milhões.

A compensação financeira de despesas não pontuais como baixas de ativos, custos de reestruturação resultaram em US$ 2 bilhões.

“Este não é um conjunto padrão de resultados para a Qantas. É moldado por um conjunto extraordinário de eventos ”, disse o CEO da Qantas, Alan Joyce, em uma teleconferência para a mídia esta manhã.

“A COVID-19 abriu um buraco [AU] de $ 4 bilhões em nossa receita no que de outra forma teria sido um ano muito forteConcluiu.

A Qantas estava a caminho de registrar um lucro anual de cerca de US$ 720 milhões antes do início do Covid-19. A companhia aérea planeja economizar cerca de US$ 10,7 bilhões nos próximos anos.

O CEO reforçou que decisões difíceis precisavam ser tomadas, entre elas sobre os Airbus A380 que estão estocados na Califórnia. O executivo garantiu que as aeronaves ficariam sem voar por pelo menos três anos.

Alan disse que não espera que a Austrália reabra as fronteiras antes de 2021 e que o país não permitirá voos de e para os EUA até que a vacina já esteja sendo aplicada. A retirada dos Boeings 747, o aterramento do Airbus A380 e de outras aeronaves grandes reforçam que a companhia não pretende ter voos de longa distância.  

Joyce diz que a Qantas não planeja voar em nenhuma voo internacional nos próximos 12 meses. Dado que voos internacionais normalmente geram US$ 5,75 bilhões em receita anual para a companhia aérea, isso é um grande déficit financeiro no horizonte imediato.

Além disso, a companhia aérea prevê despesas fixas de quase US$ 600 milhões apenas para manter seus aviões de grande porte em solo até então.

 

 

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