Fora 19 horas e 16 minutos de voo direto, sem escalas, de Nova York, nos Estados Unidos, para Sidney, na Austrália. Esse foi o primeiro voo do projeto Sunrise, realizado com um Boeing 787 totalmente novo, recém-fabricado pela Boeing em Everett.
São mais de 16000 quilômetros de voo, algo que resultou em uma previsão de 20 horas de voo, mas a aeronave cumpriu a rota em um tempo menor.
O voo foi realizado com 40 passageiros a bordo, em sua maioria funcionários da Qantas, onde cientistas analisaram durante o voo a atividade cerebral dos pilotos e sua capacidade de manter a atenção, além dos efeitos de Jet Lag nos viajantes.
Os cientistas também monitoraram a comida, o sono e a atividade de várias dezenas de viajantes, a fim de ver como os humanos reagem à 20 horas seguidas de voo.
Os passageiros na cabine foram equipados com dispositivos eletrônicos que medem o comportamento do organismo, ao longo das horas de duração do voo.
“O voo de longa distância apresenta muitas questões de senso comum sobre o conforto e o bem-estar dos passageiros e da tripulação. Esses voos fornecerão dados valiosos para ajudar a respondê-los.”
“Para os clientes, a chave será minimizar o jet lag e criar um ambiente no qual eles façam um voo tranquilo e agradável. Para a tripulação, trata-se de usar pesquisas científicas para determinar as melhores oportunidades para promover o estado de alerta quando estão em serviço e maximizar o descanso durante o tempo de inatividade nesses voos”, disse o CEO da Qantas Group, Alan Joyce.
Gerenciar o esgotamento do pessoal em viagens muito longas é um problema para todo o setor. De acordo com o mais recente manual de gerenciamento de fadiga da IATA, algumas tripulações de cabine podem passar quase 21 horas acordadas no dia de um voo de longa distância, mesmo quando o período de serviço é inferior a 10 horas.
Outros dois voos ainda serão realizados para novos testes da companhia, que já negocia uma encomenda de aeronaves para cumprir regularmente voos sem escalas para Nova York e Londres, a partir de Sidney.