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Rolls-Royce aluga motores por hora de voo, e começa a sentir os efeitos da crise do coronavírus

Rolls-Royce

A Rolls-Royce, na divisão de fabricante de motores para a aviação, começou a sentir o aperto da crise atual. A fabricante viu 50% da sua receita desaparecer da noite para o dia, quando companhias aéreas e fabricantes de estruturas aeroespaciais pararam de fazer pedidos de aeronaves e de pagar aluguel de motores.

Famosa por seus motores de aeronaves, e também de outros produtos que fabrica, como carros, a empresa está sofrendo bastante com a crise.

Boa parte dessa diminuição drástica de receita, é devido a metade da receita da empresa alocada na concessões de motores para companhias aéreas, nas quais eram pagas por hora de voo em vez de um custo fixo. As companhias aéreas só pagavam pelo motor quando ele voava, não quando estava no chão.

Devido à paralisação em massa das companhias aéreas, poucas aeronaves equipadas com motores Rolls-Royce estão voando atualmente.

Cerca de 1580 aeronaves operavam motores Rolls-Royce no início do ano, comparando a apenas 468 no final deste mês de março. Isso significa que o lucrativo fluxo de receita da empresa se tornou uma sombra do que tinha anteriormente.

A empresa também removeu qualquer bônus dos seus executivos, e interrompeu o pagamento de dividendos aos acionistas. A RR também disse que está consultando o governo do Reino Unido para obter subsídios especiais (sem descartar crédito adicional), pois está envolvido em projetos militares para a Marinha do Reino Unido e a Royal Air Force.

“Temos uma sólida posição financeira e estamos monitorando de perto a situação e tomando medidas prudentes para economizar dinheiro. Nossa boa posição inicial e as medidas que tomamos e continuaremos a tomar nos dão confiança na resiliência financeira contínua de nossos negócios”, declarou a Rolls-Royce.

A empresa já havia enviado 7500 funcionários para casa ao fechar as linhas de produção, mas parece provável que a Rolls-Royce tenha pouco espaço de manobra. A empresa já reduziu sua previsão de lucros para prejuízos no primeiro semestre de 2020, devido a problemas com seus motores Trent 1000, que a empresa ainda luta para corrigir.

 

 

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