Temendo a falta de tripulação por disputas trabalhistas, a SAS (Scandinavian Airlines System) está recorrendo ao wet-leasing de alguns A220 da airBaltic para suprir a alta demanda em importantes rotas.

Curiosamente, o wet-leasing é quando uma companhia arrenda a aeronave mais a tripulação, sendo uma prática bastante comum entre operadores de voos fretados durante a alta temporada e ocasiões excepcionais. 

Com isso, a SAS está empregando o A220-300 para cumprir serviços para Cracóvia, Mallorca, Alicante, Bruxelas, Amsterdã, e outras cidades europeias, causado bastante surpresa para alguns passageiros, conforme relatado pelo portal Simple Flying.

Além disso, a SAS vem enfrentando a possibilidade de greve dos tripulantes em decorrência de impasses nas negociações com sindicatos após o indicativo de cortes nos salários, podendo impactar diretamente nas operações da companhia.

Incluindo a SAS, a alemã Eurowings também vem utilizado alguns A220 da airBaltic, o que vem chamando a atenção do CEO da companhia, Martin Gauss, que comentou sobre o sucesso da aeronave de corredor único em rotas estratégicas e a sua eficiência operacional em comparação com aeronaves de maior porte como o Boeing 737-800 e o Airbus A321.

“O A220 é bastante utilizável se a rota não for compatível onde você precisa de um 220 lugares, a exemplo das aeronaves 737-800 ou um A321. (…) Qualquer outra aeronave que seja menor que o A321 ou o 737-800 também vem com uma cabine menor ou uma gama diferente. (…) Portanto, acho que o A220, por causa da economia, e por causa do seu tamanho, está vendo essa demanda no momento”. Disse Martin Gauss durante um webinar do Simple Flying.

Apesar das incertezas sobre o futuro operacional, o A220 tem dado o fôlego suficiente para que as operações da SAS não sejam interrompidas, sendo um ponto positivo para a aquisição da aeronave rival do Embraer 190/5 E2 caso ocorra uma futura renovação de frota.  

Com o foco para atender a alta demanda de verão da IATA no continente europeu, é bastante comum que algumas companhias aéreas recorram ao dry-leasing (arrendamento temporário) de aviões de outras companhias aéreas, a exemplo da Transavia que nos últimos anos, recorreu para o leasing temporário de algumas aeronaves da GOL para suprir a grande movimentação de passageiros, arrendando somente da aeronave sem a tripulação. 

Com informações: Simple Flying