A Força Aérea Real Tailandesa (RTAF) assinou com a Textron Aviation a compra de oito aeronaves de ataque AT-6 Wolverine. O negócio, avaliado em US$ 143 milhões, foi anunciado pela fabricante no sábado (13).
Com a aquisição, a Tailândia agora é a cliente de lançamento do turboélice que é o principal concorrente do A-29 Super Tucano. Em fevereiro deste ano, a Força Aérea dos EUA recebeu seu primeiro AT-6E Wolverine.
As aeronaves serão empregadas pela 41ª Ala da RTAF, substituindo os já aposentados L-39 Albatroz. No país do sudeste asiático, os Wolverines serão designados AT-6TH.
“Estamos honrados que a Real Força Aérea Tailandesa tenha selecionado competitivamente o Beechcraft AT-6 para realizar uma ampla gama de missões em apoio à segurança de sua fronteira e suas operações de combate ao contrabando, narcóticos e tráfico de pessoas”, disse Thomas Hammoor, presidente e diretor executivo da Textron Aviation Defense LLC.
Em 2020, a Tailândia já havia anunciado a compra de 12 T-6C Texan II, por US$ 162 milhões. O contrato assinado na semana passada também cobre o fornecimento de treinamento, peças sobressalentes, apoio de solo e outros itens.
“Os pilotos da RTAF e as partes interessadas consideraram os atributos do programa de aquisições do AT-6 extremamente favoráveis”, afirmou Air Marshall Pongsawat Jantasarn, presidente do comitê de aquisições da RTAF. “Também beneficiará os interesses mútuos da Tailândia e dos Estados Unidos, fortalecendo a parceria estratégica duradoura entre nossas nações.”
A assinatura do contrato, testemunhada pelo Air Chief Marshal Chanon Mungthanya da RTAF, alinha a aquisição com a estratégia S-Curve 11 do governo tailandês. O programa, que é pioneiro no desenvolvimento da indústria de defesa doméstica tailandesa, cultiva a diversidade e apoia o envolvimento de empresas estrangeiras e tailandesas.
O AT-6 é a versão de ataque leve e observação armada do treinador T-6C. A aeronave possui um total de seis pontos duros para o emprego de armas diversas, bem como uma estação para uma torre EO/IR na fuselagem.
No mercado, o Wolverine compete diretamente como o A-29 Super Tucano da Embraer. Contudo, o avião brasileiro já esteve em combate em diversos ambientes e está em serviço em 17 países.