Na última terça-feira, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acabou cancelando a sua ida à Argentina após rumores de que o avião presidencial do país, um Airbus A319 ACJ pudesse ser apreendido, ou que a delegação do país pudesse sofrer agressões.
Segundo informações do portal Estadão, Nicolás Maduro foi convidado para participar da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), mas acabou cancelando a sua ida alegando “um plano de agressão contra sua delegação”. A cúpula Celac que está acontecendo na Argentina e visa uma maior integração entre os países da América Latina e Caribe.
Contudo, fontes próximas ao assunto disseram que Maduro cancelou a sua visita após o temor de ser preso e ter o avião presidencial confiscado por ter feito o seu transporte, pois os Estados Unidos mantém em aberto um pedido de prisão internacional contra Maduro.
Ainda que Maduro cogitasse ir até o evento na Argentina, seria necessário uma ampla averiguação sobre a rota a ser seguida e garantias de pousos em solo argentino, bem como a certeza de que nenhum risco de prisão ou confisco da aeronave que realizaria o seu transporte.
Mesmo com a ausência de Maduro, o Airbus A319 presidencial da Venezuela marcou presença na Argentina com o diplomata Félix Plasencia e representantes de Cuba. A aeronave decolou hoje do aeroporto Jorge Newbery, na Argentina, utilizando o Callsing da Cubana de Aviación (CUB1360), indicando a presença do presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel.
#YV2984 Avión Presidencial de Venezuela saliendo de Ezeiza 🇦🇷 #ahora con el dictador de Cuba, Díaz Canel, a bordo. Usando número de vuelo de Cubana de Aviación CUB1360. pic.twitter.com/nuQFW6W47F
— 𝘼𝙧𝙧𝙚𝙘𝙝𝙤 (@Arr3ch0) January 25, 2023
Atualmente, Maduro utiliza um Airbus A319ACJ (Airbus Corporate Jet) de registro YV2984 operado pela Força Aérea Venezuelana para o seu transporte VIP. Chama a atenção que no passado, a aeronave já ostentou uma pintura governamental, mudando para a livery da estatal Conviasa para ‘disfarçar’ o avião como uma tentativa de tornar as suas operações mais discretas. Mesmo assim, tal decisão parece não ter surtido efeito.
Nos últimos anos, o A319 VIP venezuelano já foi flagrado realizando operações para o Irã, Guiné-Bissau, Rússia, Qatar e mais recentemente, para Cuba.
Com informações: Estadão
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